sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Morre a atriz Mara Manzan aos 57 anos


* * * Fonte: Portal Terra * * *

Morreu nesta sexta-feira (13) a atriz Mara Manzan. Ela tinha 57 anos e estava internada desde o último sábado (7) no Hospital Rio's D'Or, no Rio de Janeiro, por conta de complicações no tratamento de um câncer no pulmão. Segundo o hospital, a atriz morreu às 8h15m.

Mara já havia sido internada no início de outubro no Hospital São Vicente, na Gávea, também no Rio de Janeiro, com pneumonia. A atriz lutava desde 2008 contra um câncer de pulmão que chegou a obrigá-la a se manter afastada das gravações da novela Caminho das Índias no início de 2009.

Nascida em São Paulo no dia 28 de maio de 1952, Mara Virgínia Manzan iniciou sua carreira artística aos 17 anos, ao assistir a uma peça no Teatro Oficina. Apaixonada pelo teatro, tornou-se uma espécie de faz-tudo nos bastidores até ter a oportunidade de substituir uma das atrizes.

Durante a carreira, Mara protagonizou cenas inusitadas. Trabalhou como animadora de Carnaval em Juazeiro do Norte, no Ceará, invadiu uma edição da corrida de São Silvestre para mostrar suas habilidades na pirofagia e chegou a cuspir fogo para a cantora Madonna durante uma das passagens da popstar pelo Brasil.

Apesar de ter começado a carreira ainda adolescente, tornou-se conhecida do grande público ao interpretar a personagem Odete na novela O Clone, na qual fez sucesso com o bordão "Cada mergulho é um flash!".

Mara dava vida à personagem Amara na novela global Duas Caras, em 2008, quando descobriu um nódulo em seu pulmão e foi diagnostica com câncer. Ela fumou durante 40 anos. Em 1998, Mara lutou contra um outro câncer, o de útero. Seu último papel na TV foi como Ashima, uma indiana que vivia no Brasil na novela Caminho das Índias.

No dia 5 de outubro, Mara escreveu em seu blog pela última vez. No post, a atriz escreveu: "Estou novamente num momento muito feliz da minha vida, graças a Deus estou me sentindo cada dia melhor, cheia de vontade de trabalhar, hoje eu li uma frase do querido Neguinho da Beija-Flor que vale pra todos nós: 'Só da gente ter direito à vida é o suficiente pra viver sorrindo'. Hoje eu posso dizer que valorizo muito mais a vida, quero morrer bem velhinha, se possível ver meus netos grandes, quem sabe ser uma biza (sic) bem animada, sempre trabalhando e trazendo alegria no coração pros meus queridos fãs que estiveram todo o tempo do meu lado me dando força, me ajudando sempre a confiar." Trajetória na televisão:

2008 - Caminho das Índias
2007 - Duas Caras
2006 - Cobras & Lagartos
2005 - América
2004 - Senhora do Destino
2004 - Da Cor do Pecado
2003 - Kubanacan
2001 - O Clone
1999 - Terra Nostra
1998 - Você Decide
1999 - Ô Coitado
1998 - Pecado Capital
1998 - Hilda Furacão
1996 - Salsa e Merengue
1994 - A Viagem

Trajetória no Cinema

2003 - Herman
2000 - De Cara Limpa
1997 - Mundo VIP
1982 - Bonecas da Noite

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

África tem a pior infra-estrutura do mundo, diz Banco Mundial

O continente africano tem a pior infraestrutura do mundo, segundo um estudo divulgado nesta quinta-feira pelo Banco Mundial.

Durante o estudo, foram analisadas as infraestruturas em eletricidade, água, estradas e tecnologias de informação e comunicação em 24 países da África subsaariana.

Segundo os resultados, publicados no relatório Africa's Infrastructure: A Time for Transformation ("Infraestrutura na África: Tempo de Transformação"), a falta de infraestrutura reduz a produtividade no continente em até 40%.

"A infraestrutura moderna é a sustentação de uma economia e a falta dela inibe o crescimento econômico", afirmou o vice-presidente para a África do Banco Mundial, Obiageli Ezekwesili.

Acesso
O documento sugere que o acesso inadequado à energia é "o maior impedimento para o crescimento econômico do continente".

Segundo o relatório, a falta de energia crônica afeta 30 países africanos. Além disso, a capacidade geradora de 48 países subsaarianos é de 68 gigawatts - menor do que a da Espanha. Do total gerado, 25% não está disponível por conta de estruturas antigas e manutenção escassa.

Com relação à infraestrutura ligada aos recursos hídricos, o documento também aponta problemas como armazenamento inadequado, grande demanda e falta de cooperação supra-fronteiriça, que ameaçariam o setor hídrico no país.

"Menos de 60% da população da África têm acesso à água potável. (...) Nos últimos 40 anos, somente 4 milhões de hectares de irrigação foram desenvolvidos, comparados com 25 e 32 milhões para a China e Índia, respectivamente", afirma o documento.

Na avaliação do sistema de transporte, o documento afirma que os principais problemas do continente africano seriam a falta de eficácia nas conexões entre os diferentes meios de transporte (ar, terra e ferrovias), a falta de equipamentos nos portos, ferrovias antigas e acesso inadequado às estradas em todas as estações.

Segundo o relatório, melhorar o acesso em áreas rurais é essencial para aumentar a produtividade agrícola em todo o continente.

Por fim, a análise da infraestrutura em tecnologias de informação e comunicação indica que os altos preços de serviços como a telefonia celular é um problema nos países africanos.

De acordo com o documento, apesar do aumento na demanda - o número de usuários aumentou em 170 milhões entre 2000 e 2007 - e dos investimentos do setor privado, os africanos continuam pagando um preço alto pelos serviços.

Segundo o relatório, o preço médio de serviços pré-pagos de telefonia celular custam cerca de U$ 12 por mês na África, comparados com U$2 em países como a Índia e o Paquistão.

Medidas
O relatório do Banco Mundial estima que são necessários US$93 bilhões anuais na próxima década para melhorar a infraestrutura e amenizar os problemas no continente africano - o dobro do que havia sido estimado anteriormente. A nova estimativa representa cerca de 15% do Produto Interno Bruto (PIB) do continente.

Cerca de metade do dinheiro, sugere o documento, deveria ser investido em melhorar a crise do fornecimento de energia elétrica que ameaça o crescimento da África.

O estudo sugere ainda que apesar da necessidade de mais investimentos, os gastos atuais do continente em infraestrutura são maiores do que se imaginava: US$ 45 bilhões por ano. A maioria deste dinheiro é financiada domesticamente, por contribuintes e consumidores.

O Banco Mundial sugere ainda que além dos investimentos, o continente precisa lidar também com o desperdício para fazer melhor uso dos recursos já disponíveis e contribuir para o crescimento dos países africanos.

"Esse relatório mostra que investir mais fundos sem lidar com as ineficiências seria como despejar água em um balde furado. A África pode tampar esses vazamentos com reformas e melhorias nas políticas que serviriam como um sinal para os investidores de que a África está pronta para os negócios", disse Ezekwesili.