sexta-feira, 28 de maio de 2010

Morre, aos 42 anos, o ator Gary Coleman, da série 'Arnold'



  Foto: Larry Busacca /Getty Images

Gary Colema, astro da série 'Arnold', morre aos 42 anos
Foto: Larry Busacca /Getty Images






Morreu, na tarde desta sexta-feira, aos 42 anos, o ator americano Gary Coleman, famoso por seu papel na série de TV da NBC The Diff´rent Strokes, conhecida no Brasil como Arnold e Minha Família é uma Bagunça, tradução que variou de acordo com as emissoras que a exibiam.

A causa da morte, segundo a CNN, foi causada por uma uma hemorragia cerebral após Coleman cair em sua casa na última quarta-feira (26). Segundo a família e amigos próximos, que estavam ao seu lado no momento da morte em um hospital de Utah, nos EUA, o ator estava lúcido um dia após a queda, mas seu quadro de saúde se complicou e o ator entrou em coma.

Coleman, que já havia sido internado em janeiro e em fevereiro deste ano por problemas do coração, sofreu forte ostracismo durante a vida adulta. Com diversos problemas congênitos, a baixa estatura do ator deixava claro suas complicações cardiológicas. Submetido a dois transplantes de rim antes de completar 14 anos, Coleman também sofria de nefrite, uma infecção renal que lhe rendeu até quatro sessões de hemodiálise por dia.

No auge da fama, o ator chegou a ganhar US$ 100 mil por episódio na série que o consagrou, exibida de 1978 a 1986. Mas, em 1999, as dificuldades financeiras surgiram, especialmente, após o próprio pai, Willie, tentar atropelá-lo em 1986, o que lhe deu altos gastos com advogados. Estima-se que Coleman, por problemas diversos, tenha perdido uma fortuna de cerca de US$ 18 milhões.

Sua mãe, Sue, chegou a declarar que o talento de Coleman foi uma forma divina de o ator ser recompensado pelo sofrimento que sofria em relação à sua saúde debilitada.

Em 1998, acusado de atropelar um pedestre com seu caminhão após uma discusssão e, no ano seguinte, alegar auto-defesa ao agredir uma mulher que lhe pedia um autógrafo. Em 2008, com 40 anos, Coleman viu sua vida mudar ao se casar com Shannon Price, de 22 anos, que ele admitiu ser a primeira mulher de sua vida.

Confira a filmografia do ator:
1980 Scout´s Honor
1981 On The Right Track
1982 Jimmy The Kid
1983 The Kid with the 200 I.Q.
1985 Playing with Fire
1996 Fox Hunt
1997 Off the Menu: The Last Days of Chasen's
1998 Dirty Work
1998 Like Father, Like Santa
2000 The Flunky
2004 Chasing the Edge
2005 A Christmas too Many
2006 Church Ball
2008 An American Carol
2009 Midgets vs. Mascots


sexta-feira, 21 de maio de 2010

Alunos de ensino médio de SP estudam menos tempo e têm mais matérias que os de Nova York


* * * Extraído do Portal UOL***



Rafael Targino


Em São Paulo




Um levantamento feito por um pesquisador da Secretaria de Educação de Nova York mostrou que os alunos de ensino médio do estado de São Paulo estudam menos horas por semana e mais matérias ao mesmo tempo do que os alunos do mesmo nível da cidade americana. De acordo com a pesquisa, divulgada nesta quarta-feira (19), os professores paulistas também lecionam por mais horas, têm mais estudantes por sala e maior probabilidade de dar aula em mais de uma escola. Ou seja, acabam responsáveis por muito mais alunos do que os docentes nova-iorquinos.


O estudo, feito pelo pesquisador Jesse Margolis, compara o estado de São Paulo com a cidade de Nova York por causa da dinâmica do ensino nos dois locais. O município americano é responsável pela gestão escolar, enquanto que o estado fica com a parte de regulação. No Brasil, os dois quesitos ficam a cargo tanto do estado quanto da cidade.


O número médio de alunos por sala de aula no estado de SP (34,7) é aproximadamente 33% maior do que o total da cidade americana (26,1). Outro dado apontado por Margolis é que mais alunos de ensino médio têm aulas à noite em São Paulo do que na comparação com os de Nova York. Pela pesquisa, 43,6% das pessoas que cursam esse nível em escolas públicas do estado o fazem à noite; nos EUA, o total é de 5,5%.


Além disso, o número de professores que se ausenta da sala de aula –e exige uma substituição temporária– é duas vezes e meia maior em São Paulo do que em Nova York. A pesquisa também mostra que os professores de tempo integral no estado brasileiro passam pelo menos mais 11 horas em sala que seus colegas americanos.


"É muito difícil conseguir o dado exato, mas não me surpreenderia que um professor de ensino médio tivesse duas vezes mais alunos [em São Paulo]. [Mas] Isso seria um dado aproximado", afirmou Margolis. O pesquisador disse que o que acontece em Nova York não é "necessariamente" melhor do que em SP.


Para ele, um dos problemas é que o professor não consegue acompanhar adequadamente o aluno. "Uma maneira possível, que não necessariamente posso recomendar, seria que o aluno não estudasse tantas matérias ao mesmo tempo. Não é que tem que diminuir o numero de matérias que estuda um aluno de ensino médio. Mas, em Nova York, o que fazemos é que um aluno estuda biologia em um ano, química no segundo, física no terceiro, e tem um só professor de ciências, ao invés de três."


quarta-feira, 5 de maio de 2010

Plano de Banda Larga prevê R$ 3,2 bilhões para a Telebrás

* * * Extraído do Portal UOL * * *


CAMILA CAMPANERUT||Do UOL Notícias


Em Brasília



Atualizada às 15h21*


A Casa Civil informou nesta quarta-feira (5) que o Plano Nacional de Banda Larga prevê a capitalização da Telebrás pelo Tesouro Nacional em R$ 3,22 bilhões. "Esse valor será utilizado nos três primeiros anos de funcionamento e, depois, a ideia é que a empresa consiga se autogerir", informou ao UOL Notícias Rogério Sant'anna, secretário de logística e tecnologia da informação do Ministério do Planejamento. "O que a Telebrás vai oferecer é uma rede de transporte a baixo preço para qualquer operadora interessada pelo serviço", resumiu.


O plano será consolidado por meio de um decreto e visa triplicar o acesso à internet rápida até 2014, atendendo mais 27 milhões de domicílios no país (a meta da proposta é chegar a um valor total de 40 milhões dentro do período). Para viabilizá-lo, haverá uma série de desonerações e oferta de crédito para pequenas e médias empresas. O comitê gestor do projeto lançado oficialmente nesta quarta, com o anúncio dos detalhes, será formado por 11 ministérios, incluindo o da Educação, da Casa Civil e da Tecnologia.


O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), por exemplo, disponibilizará R$ 6,5 bilhões para o financiamento da compra de equipamentos de telecomunicações, além de R$ 1 bilhão para micro, pequenas, médias empresas e LAN houses pelo chamado cartão BNDES. Haverá também a desoneração de R$ 11,36 milhões pelo Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações) para pequenas e médias prestadoras, R$ 770 milhões em PIS/COFINS no que se refere à política de modens e R$ 3,75 milhões na redução de IPI para equipamentos de telecomunicações com tecnologia nacional.


Cezar Alvarez, coordenador do programa de inclusão digital da Presidência da República, afirmou que a meta do governo é implantar o núcleo principal da rede de fibra óptica (backbone) no Distrito Federal e em mais 15 cidades ainda neste ano. Em setembro e outubro, ainda segundo ele, devem ter início as licitações para empresas privadas que prestarão serviços utilizando a rede da Telebrás.

Mudanças na Telebrás

A ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, afirmou que a Telebrás já passa por um processo de mudanças. Segundo ela, haverá a criação de uma nova diretoria devido ao novo foco da estatal, que era mais centrada no serviço de telefonia e agora voltará à gestão da prestação de serviço de banda larga. Erenice afirmou ainda que a Telebrás terá uma estrutura mais enxuta e vai priorizar a atuação no atacado. "Vamos viabilizar mais competição [no setor]."


O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou que o objetivo do plano é diminuir o déficit brasileiro no que se refere ao acesso à internet. Ele denominou a inclusão digital não apenas uma questão de cidadania, mas também uma forma de incentivar a competitividade de economia brasileira neste setor. "[A meta] não é reativar a Telebrás, é colocar a banda larga, garantir o acesso das pessoas", defendeu. Bernardo avaliou que as atuais empresas que prestam este serviço trabalham com altos preços e a entrada da Telebrás trará ao consumidor final um preço menor.


Banda larga no Brasil




Como funcionará


O governo pretende oferecer o serviço de banda larga às classes C e D por, no máximo, R$ 35 por mês.


A empresa estatal Telebrás será a gestora do Programa Nacional de Banda Larga e, ao mesmo tempo, concorrente de outras operadoras privadas como Telefônica, GVT, NET e Oi. O principal diferencial é que a estatal levará conexão banda larga para usuários finais apenas em localidades onde não exista oferta adequada desses serviços, por desinteresse ou falta de recursos das operadoras privadas.


Ela irá utilizar a malha de fibras óticas de 16 mil quilômetros de extensão, já implantada nas torres da Eletrobras (da qual é administradora) e pertecentes à falida Eletronet.


Ainda, a Telebrás deverá apoiar políticas públicas de conexão à internet em banda larga para universidades, centros de pesquisa, escolas, hospitais, postos de atendimento, telecentros comunitários e outros pontos de interesse público.


Estudo do Ipea


No final de abril, o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgou um estudo em que pedia a revisão do regime jurídico ao qual o serviço de banda larga está submetido e o uso efetivo do FUST (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações), além de investimentos direcionados às regiões onde a desigualdade é mais grave.


Segundo o instituto, falta também a regulamentação de custos, preços, qualidade, acesso à infraestrutura e desagregação de redes, que com mudanças poderiam trazer mais competidores ao mercado de banda larga no Brasil e baixar preços, elevando a qualidade do serviço ofertado. "O Brasil precisa permitir a competição entre empresas [do setor de Telecomunicações], como ocorre em outros países do mundo", salientou João Maria de Oliveira, técnico do Ipea.


Defasagem brasileira


Uma série de estudos recentes da PNAD (Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios) de 2008, do IBGE, CGI (Comitê Gestor da Internet) e do Sistema de Coleta de Informações (Sici) da Anatel demonstram o alto grau de concentração da internet banda larga nas regiões mais ricas.


O alto custo da banda larga é um dos fatores para o atraso brasileiro. O gasto médio com internet rápida representa 4,58% da renda mensal per capita no Brasil enquanto na Rússia esse índice é menos da metade: 1,68%. Já em relação aos países desenvolvidos, essa mesma relação fica em torno de 0,5%, ou seja, o brasileiro gasta proporcionalmente quase dez vezes mais para ter acesso à internet rápida.


Dos 58 milhões de domicílios existentes no Brasil, 79% não tinham acesso à internet (46 milhões). O acesso à banda larga é extremamente desigual em termos regionais no país: em alguns Estados mais isolados, como Roraima e Amapá, o acesso nos domicílios é praticamente inexistente. Enquanto São Paulo tem 3,8 milhões de domicílios com banda larga (29,4%), Roraima tem apenas 347 (0,3%) e o Amapá, 1.044 (0,6%). Nos estados do Nordeste, os acessos em banda larga não chegam a 15% dos domicílios. Já nos estados do Sul e Sudeste, a penetração varia entre 20% e 30% dos domicílios.


Dos 8,6 milhões de domicílios rurais, apenas 266 mil têm acesso à internet em banda larga (3,1% do total). A faixa dos pequenos municípios concentra mais de 92% da população sem acesso, equivalentes a 39,2 milhões de pessoas.


Além disso, nos domicílios que contam com banda larga, a velocidade de acesso domiciliar é ainda muito baixa: predominantemente menor ou igual a 1 Mbps, o que representa 54% de todo o país.