quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Hospital de atendimento gratuito fecha em dezembro


* * * Extraído do Jornal Agora * * *

Ana Flávia Oliveira
do Agora
O Hospital da Glória, na Liberdade (região central), que é particular, mas atende apenas pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde), vai fechar as portas em dezembro.
Fundado em 1999, o hospital pertence à Sociedade Assistencial Bandeirantes e é referência em ortopedia e traumatologia na capital.
A unidade recebe repasses da Prefeitura de São Paulo e faz, em média, 400 atendimentos ambulatoriais e 700 cirurgias de ortopedia.
Também atende clínica geral e faz outras cirurgias.
A Bandeirantes e a prefeitura divergem nas explicações sobre o fechamento da unidade.
Funcionários disseram que só foram comunicados oficialmente ontem.
Representantes do hospital teriam dito que a prefeitura reduziu o repasse de verbas por causa da queda nos atendimentos.
Resposta
A Secretaria Municipal da Saúde afirmou que não pediu o fim do convênio com o Hospital da Glória e que "compete à Sociedade Assistencial Bandeirantes explicar os motivos para a desativação do serviço".
De acordo com o órgão, a Bandeirantes informou em carta de 27 de maio deste ano que não tinha intenção de renovar o contrato que se encerra em dezembro.
A pasta afirmou ainda que o repasse caiu de R$ 24,9 milhões em 2012 para R$ 13 milhões neste ano porque o hospital não cumpriu as metas da prefeitura e que os atendimentos totais mensais passaram de 24.788 em 2012 para 21.760 neste ano.
Sobre os pacientes, informou que "trabalha para garantir a assistência prestada".
Resposta 2
A Sociedade Assistencial Bandeirantes, responsável pela administração do Hospital da Glória, confirmou o fechamento da unidade em dezembro, mas não informou o dia do encerramento das atividades.
O Bandeirantes informou que iniciou o processo de desativação da unidade "devido à não renovação do contrato de prestação de serviço com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo".
De acordo com a entidade, a decisão foi tomada "de comum acordo" com a prefeitura.
O grupo não se manifestou sobre os problemas de infraestrutura apontados pelo Ministério Público nem sobre as demissões.
Por fim, disse que os pacientes serão encaminhados para outras unidades indicadas pela secretaria.
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