quinta-feira, 11 de abril de 2024

Banco Central lança moeda em comemoração aos 200 anos da 1ª Constituição do Brasil

 

Moeda comemorativa aos 200 anos da Constituição de 1824 lançada pelo Banco Central nesta quinta — Foto: Raphael Ribeiro/BCB

* * * Extraído do Portal G1 * * *

Destinadas a colecionadores, as moedas de prata terão valor de face de R$ 5 e serão vendidas por R$ 440. Tiragem inicial será de três mil unidades.

Por Kevin Lima, g1 — Brasília 11/04/2024 

 Link da reportagem abaixo: 

https://globoplay.globo.com/v/12510790/

Veja detalhes da moeda lançada em comemoração aos 200 anos da primeira Constituição do Brasi

O Banco Central lançou nesta quinta-feira (11) uma moeda em comemoração aos 200 anos da primeira Constituição do Brasil. A peça será produzida em prata e terá cravada em sua face o valor de R$ 5.

A tiragem inicial será de três mil unidades, segundo comunicado do BC. O número poderá subir para até 10 mil peças. 

Destinados a colecionadores, os itens comemorativos serão produzidos pela Casa da Moeda. Cada unidade custará R$ 440.

A venda, que deverá começar ainda nesta quinta, será feita exclusivamente pelo site Clube da Medalha.

A moeda foi apresentada em um evento no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, com a presença de representantes do BC, da Casa da Moeda e da Câmara. 

Em uma de suas faces, a peça tem gravada a ilustração do livro manuscrito da primeira Constituição do país, outorgada pelo imperador D. Pedro I. Também estão cravadas as seguintes legendas: “Primeira Constituição”, “Poder Legislativo”, “200 Anos” e “1824-2024”.

Na outra face, a moeda tem a representação do Palácio do Congresso Nacional, em Brasília. Ao fundo, ilustrações de dois círculos fazem referência aos plenários da Câmara e do Senado. Estão gravadas, ainda, as seguintes legendas: “BRASIL”, “2024” e “5 REAIS”.

Constituição imposta por Dom Pedro I

O diretor de Administração do Banco Central, Rodrigo Alves Teixeira, afirmou que o lançamento da peça é uma contribuição da autoridade monetária para que a lembrança da primeira Constituição se "torne perene na memória da nação brasileira".

"O Banco Central está lançando hoje uma moeda comemorativa, homenageando, ao mesmo tempo, as duas câmaras do Poder Legislativo e o texto legal que os deu origem. Presente e passado se encontram nessa moeda, que, de um lado, mostra o Palácio do Congresso Nacional, símbolo do Poder Legislativo; e, de outro, o livro aberto da primeira Constituição, com a pena, como foi escrito 200 anos atrás", declarou.

Homenageada pelo BC, a primeira Constituição brasileira foi outorgada — isto é, imposta — por D. Pedro I, em 25 de março de 1824, menos de dois anos após a proclamação da Independência do Brasil. Ficou em vigor por 65 anos, sendo a mais longeva do Brasil até hoje.

O primeiro texto constitucional brasileiro estabeleceu no Brasil uma monarquia constitucional hereditária. Também instituiu, pela primeira vez, o Poder Legislativo bicameral, prevendo a existência da Câmara dos Deputados e do Senado, e mais três Poderes (Executivo, Judiciário e Legislativo).

A Constituição de 1824 ainda criou o Supremo Tribunal de Justiça que, atualmente, é o Supremo Tribunal Federal (STF).

Além da homenagem aos 200 anos da primeira Constituição, o Banco Central já lançou diversas moedas comemorativas ao longo da história. Em 2022, disponibilizou, por exemplo, duas peças para comemorar o Bicentenário da Independência do Brasil.

 

Em uma das faces, peça tem gravada a ilustração do livro manuscrito da primeira Constituição do país — Foto: Raphael Ribeiro/BCB

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sábado, 16 de dezembro de 2023

Domingão tarifa zero, Explore, Descubra, Viva São Paulo



* * * Extraído do Portal Sptrans * * *

Benefício vai valer em todas as linhas e incentivar uso do transporte público, ampliar acesso ao lazer, parques e eventos culturais, melhorar a economia e a oferta de emprego

A cidade de São Paulo vai ter ônibus gratuitos aos domingos, da 0h as 23h59. A medida foi anunciada pelo prefeito da capital nesta segunda-feira (11) e já começa a valer no dia 17 em todas as linhas da cidade. A gratuidade também será aplicada no Natal (25/12), Ano Novo (1/1/24) e Aniversário de São Paulo (25/1/24). A medida tem como objetivo incentivar o uso do transporte público, ampliar o acesso ao lazer, parques, centros esportivos, eventos culturais, melhorar a economia e a oferta de empregos.  

Ao anunciar a gratuidade, o prefeito apresentou o slogan “Domingão Tarifa Zero – explore, descubra, viva São Paulo”. “Só de espaços culturais da Prefeitura que abrem aos domingos, são 78, de espaços esportivos, 45, além de 112 parques. Fora os equipamentos do Estado, particulares, shoppings. O cidadão vai poder visitar a Avenida Paulista aberta aos domingos, a Liberdade, poderá ir à missa, ao teatro, ao centro histórico e uma série de atividades”, destacou o prefeito. 

Além de ressaltar o aquecimento da atividade econômica e de lazer, o prefeito reforçou a importância do bem-estar para a saúde mental. “É uma questão fundamental para a saúde mental, porque o trabalhador recebe o vale-transporte para ir trabalhar e voltar para casa. Por exemplo, um casal com três filhos gasta R$ 44 com transporte, que vai deixar de gastar", disse. 

O prefeito destacou ainda que não haverá aumento de recursos para custear a iniciativa. Aos domingos, atualmente, 2,2 milhões de passageiros utilizam 1.175 linhas de ônibus municipais. Inicialmente, o atendimento será feito com a frota atual operacional de 4,8 mil ônibus. Estudos da SPTrans demonstram que, aos domingos, há 60% de capacidade ociosa nos ônibus em alguns períodos, o que permite absorver uma demanda maior. Não há necessidade de integração com o sistema metroferroviário, já que as linhas de ônibus atendem a toda a cidade, como destacou o prefeito. 

“Não será necessário fazer incremento de recursos ou ampliação do número de linhas. Vamos deixar de receber o valor da tarifa que é pago aos domingos, que soma R$ 280 milhões no ano. Mas quando a gente paga e já tem o subsídio do transporte, em que se tem 60% de ociosidade, tecnicamente estará zerado esse custo, porque a gente vai levar benefícios para a população. Então tecnicamente não existe um aumento de recurso”, explicou.  

Os passageiros terão que usar o Bilhete Único: a tarifa não será cobrada no validador. Quem ainda não tiver, o cobrador ou o motorista irão liberar sua passagem pela catraca (https://bilheteunico.sptrans.com.br/). “A catraca ficará utilizável e o passageiro que encostar o bilhete único terá o acesso liberado. Para o usuário que não tem o Bilhete Único, o cobrador tem um bilhete de bordo que vai liberar a catraca. Para os casos de ônibus que não tem cobrador, o motorista tem um dispositivo que tem condições de liberar a passagem”, explicou o diretor-presidente da SPTrans.  

“São Paulo é uma cidade rica, com 12 milhões de habitantes, mas que tem uma parcela da população pobre. Com a tarifa zero, teremos uma cidade mais acessível. Mais famílias poderão frequentar os equipamentos públicos gratuitos. Às vezes, a pessoa não faz o uso de toda essa rede por conta de não ter o recurso da tarifa. Então, é uma política pública de inclusão. A tarifa zero aos domingos vai ampliar o lazer e permitir a população viver mais a cidade”, reforçou o prefeito.

Tags: Bilhete único, Cidade de São Paulo, Notícias, Ônibus, Prefeitura São Paulo, Sptrans, Tarifa Zero

terça-feira, 28 de março de 2023

Simplificação da placa Mercosul pode ter facilitado a onda de clonagem no Brasil


* * * Extraído do Portal G1 * * *

Ao contrário das patentes antigas, não há um lacre de segurança para fixar as placas nos veículos

Por Renato Campestrini

27/03/2023 10h02

 

Ilustração para colunade Renato Campestrini Gettyimages

 

Jundiaí/SP, Itajaí/SC, Gramado/RS, Votorantim/SP. Que atire a primeira pedra quem, em um congestionamento, nunca ficou a observar a tarjeta das placas dos veículos ao redor. Eu me recordo de brincar, quando criança, de quem via primeiro a placa de um estado distante. 

A partir de 2019, 2020, porém, ao menos onde a frota veicular é mais nova, maior, essa cena tem se tornado mais rara, ou difícil de acontecer. Isso em razão da chegada da placa no padrão Mercosul, em que o nome das cidades nas tarjetas foi substituído por uma faixa azul com a legenda “Brasil”. Assim é feito com o nome dos demais países do bloco em que se adotou o padrão. 

Muitas pessoas criticaram a mudança pela despesa gerada, mas pode-se dizer que a maior queixa ouvida é a de não ser possível identificar de que estados são os veículos que transitam nas vias de uma cidade. Há até mesmo memes na internet que abordam a mudança de forma divertida, com a curiosidade alheia, também por alegadas questões de segurança das pessoas. 

O debate sobre a implantação da placa Mercosul no Brasil levou anos — foi postergada cinco vezes, até que teve início no Rio de Janeiro e foi se espalhando pelo país. Em uma das versões de sua regulamentação foi sugerida a adoção de brasões do estado e do município onde os veículos são registrados.

Porém, como tal medida somente aumentaria ainda mais os custos para os donos dos veículosa ideia foi abortada. Até porque, pelo tamanho ínfimo dos brasões, dificilmente alguém conseguiria, de longe, visualizar com precisão a localidade. 

 


Uma das versões da placa Mercosul trazia os brasões de estado e município — Foto: Auto Esporte

 

Outro argumento que também suscita acalorados debates diz respeito à suposta facilidade de clonagem das placas Mercosul. Isso pela facilidade de obtê-las em estabelecimentos pouco comprometidos em seguir as regras determinadas. Tanto que, em alguns estados, a obtenção de placas decorativas no padrão Mercosul foi proibida às estampadoras. 

Outro ponto alegado é a ausência de um lacre para manter a placa presa ao veículo, como ocorria com a anterior. Falta que, em tese, facilita o furto de placas para uso indevido, clonagem e afins. Mas é preciso lembrar que mesmo o modelo anterior, com lacre, era furtado, clonado, causando transtornos para o dono verdadeiro. 

Entendo que esse é um ponto que, no dia a dia, merece atenção especial. Infelizmente não vivemos em um país que permita ao cidadão transitar com um veículo com placas fixadas unicamente por parafusos ou fitas dupla face, passíveis de serem furtadas com facilidade. 

A criação da placa Mercosul, com seus sistemas de segurança e controle, representou um avanço para os órgãos e entidades executivas de trânsito. Pode-se dizer o mesmo para o cidadão quanto à redução de custos propiciada por um modelo de placa que, mantidas as condições de legibilidade, duraria toda a vida do veículo.

 

Placas antigas tinham lacre de segurança e nome do município — Foto: Auto Esporte

 

E isso independentemente da localidade em que o veículo transite, uma vez que, para efeitos de fiscalização, por exemplo, só os caracteres alfanuméricos são necessários. 

Em que pese todo debate ainda a ocorrer sobre o tema, à medida que a tecnologia evolui, certamente em um período não muito distante, as tradicionais placas poderão ser substituídas por QR Codes ou outros meios tecnológicos mais seguros — e também de fácil leitura por equipamentos de fiscalização fixos ou portáteis, com agentes de trânsito. A cobrança de tarifas sem praças de pedágio ratifica isso. A conferir!  

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 Tags: Carro, Clonagem, Despachante, Detran, Golpe, G1, Notícias

terça-feira, 21 de março de 2023

Dia do pão francês: saiba curiosidades da iguaria que nasceu no Brasil no século 20

 

Pão francês do Café Ernesto, em Brasília — Foto: Divulgação


* * * Extraído do Portal G1 * * *

Receita brasileira é comemorada nesta terça-feira (21). Inspiração na baguete francesa originou o nome do pão que é sucesso entre famílias do país.

Por Iana Caramori, g1 DF

21/03/2023 06h09  Atualizado há uma hora

 

Pão francês, pão de sal, cacetinho, pão de Jacó. Os nomes diferem de acordo com a região do Brasil, mas a receita é a praticamente mesma, assim como a popularidade entre a população. Por isso, o pãozinho que é quase unanimidade na mesa dos brasileiros tem um dia só para ele, comemorado nesta terça-feira (21).

De francês, ele só tem o nome. O gastrólogo Altino Moura, do Instituto Gastronômico das Américas (IGA), em Brasília, explica que a receita é brasileira e é apenas inspirada na culinária francesa. A sua primeira aparição foi no Rio de Janeiro.

"No século 20, os brasileiros que eram mais ricos viajavam para França, e lá tinha um pão de casca dourada, miolo branco, bem saboroso e cheiroso. Eles queriam trazer essa receita para cá e pediram para padeiros [franceses] ensinarem os brasileiros a replicar essa receita aqui", conta o professor.

O objeto de desejo desses brasileiros era a baguete, tradicional até hoje na França. Apesar dos ingredientes terem continuado os mesmos quando chegaram às terras brasileiras — farinha de trigo, sal, fermento e água —, a receita ganhou uma identidade verde e amarela. Deixou de ser um pão comprido para ter um formato menor e mais redondo.

O gastrólogo aponta que não há um registro do motivo da mudança no formato do pão. No entanto, a origem da receita que inspirou a adaptação seria o motivo para o nome que usamos hoje em algumas partes do Brasil. "Como se fosse uma homenagem", completa Moura.

 

Não tem segredo

 

Pão francês — Foto: Divulgação


O gastrólogo Altino Moura explica que não há segredo na hora de fazer o pão francês. É preciso apenas estar atento à técnica certa. "Obedecendo essas regras, qualquer um dentro de casa consegue fazer", afirma o professor.

"Existe na panificação a pré-fermentação, que acelera a fermentação para que a gente consiga concluir o pão com mais êxito, já que o ambiente em volta interfere no fermento", afirma Moura.

Para fazer a pré-fermentação, o gastrólogo explica que é preciso misturar 10% da farinha de trigo total da receita com água e fermento biológico seco.

 

 

Mais leve

 

chefe de produção do Café Ernesto, em Brasília, Marta Liuzzi — Foto: Divulgação


Recentemente, a fermentação natural tem ganhado mais adeptos, devido aos benefícios para a saúde. A chefe de produção do Café Ernesto, em Brasília, Marta Liuzzi, explica que a prática ajuda, por exemplo, na digestão e na preservação dos nutrientes pelos alimentos.

Ela conta que há cinco meses a casa acrescentou o pão francês ao cardápio por pedido dos clientes. "As pessoas procuravam", lembra. A diferença do pãozinho do café para a receita mais tradicional está no uso do levain, um fermento natural, e do azeite.

"Começa a ser feito às 16h e é assado às 4h da manhã. É uma novidade muito boa e está tendo uma adesão excelente. Já está ganhando seus fãs", diz a chefe Marta Liuzzi.

  

Veja como o pão é chamado em diferentes regiões do Brasil:

 

·         Distrito Federal: pão francês

·         Bahia e Minas Gerais: pão de sal

·         Rio Grande do Sul: cacetinho

·         Ceará: carioquinha

·         Rio Grande do Norte: pão de água

·         Pernambuco: pão de Jacó

·         São Paulo: pão filão

 

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