quinta-feira, 19 de novembro de 2015

O dia da bandeira


* * * Extraído do Portal G1 * * *

Quinta-feira, 19/11/2015, às 06:39, por Cássio Barbosa

Hoje, dia 19 de novembro comemora-se o dia da bandeira. Pouca gente se lembra que existe um dia da bandeira, mas essa data marca a criação da bandeira republicana através de um decreto no dia 19 de novembro de 1889. Todo ano, nesse dia, as bandeiras em mau estado devem ser incineradas, num procedimento feito pelas forças armadas.
Bom, a bandeira nacional tem, como você já deve ter notado, uma ligação muito estreita com a astronomia e eu queria aproveitar a data para contar algumas curiosidades sobre o "lábaro que ostenta estrelado".

Muitas bandeiras pelo mundo usam elementos de astronomia em seus desenhos, principalmente estrelas. Na grande maioria das vezes são estrelas que guardam algum significado, todavia estão fora de um contexto astronômico maior. Por exemplo a bandeira dos EUA. Cada estrela representa um estado americano, mas elas estão empilhadas, não formam constelações. Nesse quesito de constelações temos a bandeira da Austrália e da Nova Zelândia que ostentam o Cruzeiro do Sul estampados. No caso da Austrália a estrela Rigel Kentaurus, a alfa do Centauro, também dá as caras e o Cruzeiro em si tem 5 estrelas. Já a bandeira neozelandesa tem só o Cruzeiro em versão econômica, com 4 estrelas.

A bandeira do Nepal possui o Sol e a Lua, bandeiras de países islâmicos estampam uma estrela e uma Lua Crescente, como a bandeira da Argélia por exemplo. Na bandeira do Japão, o círculo vermelho representa o Sol.

Mas de todas as bandeiras nacionais, a nossa tem uma característica especial, as estrelas que estão estampadas nela não só estão organizadas em constelações, como também representam o céu no dia da proclamação da República! Nesse aspecto a bandeira brasileira deve ser única no mundo por carregar uma verdadeira carta celeste.

É assim.

As estrelas que figuram na bandeira nacional formam parte das constelações do céu na data de 15 de novembro de 1889. Mais precisamente, a bandeira exprime o céu do Rio de Janeiro às 08:30 da manhã, como se o observador estivesse fora da abóboda celeste, ou seja, o céu com aspecto invertido ao que vemos. Esse é o panorama do céu na data e hora acimas.




Cada estrela da nossa bandeira representa uma unidade da federação, conforme a figura abaixo indica. Por exemplo, alfa do Cruzeiro (a Estrela de Magalhães) representa o estado de São Paulo, aliás todo o Cruzeiro do Sul representa os estados da região sudeste do país, exceto pela estrela gama do Cruzeiro (conhecida como Rubídea pela cor avermelhada) que representa a Bahia.
O Distrito Federal é representado pela estrela Sigma do Oitante, uma estrela muito fraca, no limite da visão humana de quarta magnitude. Essa estrela tem pouco destaque no céu austral, no que diz respeito ao seu brilho. Por representar a capital do país, seria esperado que a estrela escolhida fosse de primeira grandeza, mais brilhante, mas a escolha recaiu sobre ela por que ela é a estrela mais próxima do polo sul celeste. Dessa maneira todas as outras estrelas (ou estados no caso) vão girar em torno dela em seus movimentos aparentes.





Desde a sua criação, em 1889, o número e o simbolismo das estrelas foi alterado com a criação de novos estados, originalmente eram 21 estrelas. A estrela alfa da Hidra, que representava o antigo estado da Guanabara, passou a simbolizar o estado do Mato Grosso do Sul quando ele foi criado em 1979. A única estrela a figurar acima do lema "Ordem e Progresso" representa o estado do Pará. Isso por que em 1889, o Pará era o estado com cuja capital estava mais ao norte do país. Belém ainda continua lá, mas com a criação do estado de Roraima, Boa Vista agora ostenta este título. Aliás, é a única capital brasileira situada no hemisfério norte. A estrela que representa o Pará é Spica, alfa da constelação de Virgem e Roraima é representada por Wezen (delta do Cão Maior).
Mas o rigor astronômico passou longe da representação na bandeira.

Em primeiro lugar por quê representar o céu de dia, com estrelas que não se pode ver? O motivo geralmente aceito é que a proclamação da República tenha se dado perto desse horário. Os relatos dos fatos não são precisos quanto ao horário dos acontecimentos, Deodoro da Fonseca teria saudado a República ainda de madrugada e depois disso teria voltado para casa, daí para frente os relatos são imprecisos. Outra possível razão pode ser exclusivamente estética. Nesse horário, como vemos, o Cruzeiro do Sul está na posição vertical. Ao que parece, havia interesse dos republicanos que desenharam a bandeira para que o Cruzeiro estivesse em posição de destaque. Tanto é que se fossem mantidas as proporções entre as constelações presentes na bandeira, para o Cruzeiro ficar tão grande, o Escorpião precisou ser encolhido absurdamente, caso contrário só uma pequena parte dele estaria lá. Aliás, o Escorpião foi totalmente deformado nesse processo de encolhimento, ele é uma das constelações mais fáceis de se identificar no céu pela sua semelhança com um escorpião de verdade. Na nossa bandeira ele ficou quase irreconhecível.

Aliás, as constelações representadas na bandeira brasileira são (ainda que parcialmente): Virgem (uma estrela), Cão Maior (6 estrelas), Cão Menor (uma estrela), Hidra (2 estrelas), Carina (uma estrela), Cruzeiro do Sul (5 estrelas), Escorpião (8 estrelas), Triângulo Austral (2 estrelas) e Oitante (uma estrela). Inexplicavelmente, duas estrelas muito brilhantes e que acompanham o Cruzeiro tão de perto que são chamadas de 'Guardiãs do Cruzeiro' (alfa e beta do Centauro) não foram representadas.

Para finalizar esse 'fun with flags' nacional (entendedores entenderão), algumas curiosidades: a estrela mais brilhante do céu (e também na bandeira), Sírius, representa o estado do Mato Grosso. Amapá, Rondônia, Roraima e Tocantins, os quatro estados mais jovens da federação, ganharam estrelas da constelação do Cão Maior, respectivamente beta, gama, delta e épsilon. As estrelas mais brilhantes das constelações estampadas na bandeira, as alfas, representam os seguintes estados: Pará (Spica, Virgem), Amazonas (Procyon, Cão Menor), Mato Grosso do Sul (Alphard, Hidra), Mato Grosso (Sírius, Cão Maior), Goiás (Canopus, Carina), São Paulo (Estrela de Magalhães, Cruzeiro do Sul), Piauí (Antares, Escorpião) e Rio Grande do Sul (Atria, Triângulo Austral).

É isso!


Tags:  Bandeira, Brasil, G1, Pátria

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Senado aprova fim da cobrança extra por chamada de celular fora de área


* * * Extraído do Portal UOL * * *
Proposta aprovada proíbe a cobrança de roaming nacional ou adicional por chamada em localidades atendidas pelas mesmas redes das operadoras de telefonia móvel contratada. Texto deve seguir para a Câmara sem apreciação do plenário

POR AGÊNCIA SENADO | 11/11/2015 12:38 
CATEGORIA(S): CIÊNCIA E TECNOLOGIA, NOTÍCIAS, OUTROS DESTAQUES

A  Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) do Senado aprovou nesta quarta-feira (11), em caráter terminativo, parecer favorável do senador Walter Pinheiro (PT-BA) ao Projeto de Lei do Senado (PLS) nº 85, de 2013, que extingue a cobrança do adicional por chamada em ligações realizadas nas redes de empresas pertencentes ao mesmo grupo econômico. A proposta extingue o adicional cobrado pela prestadora do serviço de telefonia móvel por chamada recebida ou originada, quando o usuário estiver utilizando a linha em área diversa daquela em que a sua linha telefônica foi registrada (serviço conhecido como roaming).
Walter Pinheiro defendeu o projeto como uma das contribuições  para a redução das tarifas da telefonia do Brasil, onde ele diz que o preço da telefonia móvel ainda é muito alto.
“O projeto é uma das contribuições do Legislativo para baratear as ligações para os consumidores. Aqui no Brasil, o minuto do celular é um dos mais caros do mundo, principalmente para a camada da população que mais utiliza o celular. O Brasil tem mais de 270 milhões de celulares. Desses, 80% são aparelhos pré-pagos, com o minuto mais caro. E para baratear as ligações estamos vencendo, por etapas, com a aprovação de  medidas como a proposta aprovada hoje”, afirmou ele.
Durante o encaminhamento da votação, Pinheiro lembrou também que a extinção da cobrança acompanha um debate mundial, que prevê práticas que reduzem custos e simplificam os processos das ligações das telefonias contratadas pelos consumidores.
“Essa é uma matéria que interfere neste cenário de comunicação e acompanha um debate exaustivo que se trava no mundo inteiro, com práticas de eliminação de roaming, por exemplo. Eu ainda tenho insistido com a Anatel que a gente tem que avançar para simplificar o processo. Com a troca, por exemplo, do número da operadora e tenho até projeto nesta direção”, lembrou o senador, ao se referir ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 333/2012, que torna opcional o uso dos dois dígitos da operadora de longa distância.
No parecer, Walter Pinheiro explica que a extinção da cobrança já tem sido objeto de análise de algumas operadoras e da própria Anatel.
“A cobrança do adicional por chamada é uma faculdade das prestadoras, que, a seu critério, podem não efetivá-la. De fato, as empresas têm comercializado planos de serviço que não preveem a cobrança extra, em especial quando as chamadas fora da área de registro do terminal são originadas ou terminadas dentro de sua própria rede. Importante registrar que a própria Anatel, como forma de estimular a redução dos preços praticados, já sinalizou a hipótese de extinguir o adicional por chamada, o que pode ser feito alterando-se o Regulamento do SMP”, alertou.

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