Imagem de apresentação feita pela diretora de
Administração do Banco Central, Carolina de Assis Barros, sobre a nova cédula
de R$ 200 — Foto: Reprodução / Banco Central
* * * Extraído do Portal G1 * * *
Nova cédula foi aprovada pelo Conselho Monetário
Nacional, e terá como personagem o lobo-guará. Previsão é que entre em
circulação no final de agosto.
Por Alexandro
Martello, G1 — Brasília
O Banco Central informou nesta quarta-feira (29)
que o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou o lançamento da cédula de R$
200, que terá como personagem o lobo-guará.
De acordo com a instituição, a nova cédula deverá
entrar em circulação no final de agosto, e a previsão é que sejam impressas 450
milhões de cédulas de R$ 200 em 2020.
Até a última atualização desta reportagem, o Banco
Central ainda não tinha divulgado a imagem da nova cédula. Atualmente, há seis
tipos de cédulas em circulação: R$ 2, R$ 5, R$ 10, R$ 20, R$ 50 e R$ 100.
A diretora de Administração do Banco Central
afirmou que a instituição está atenta à demanda da população por mais meio
circulante. "Se ela [a demanda] existe, a gente precisa atender. A gente
não sabe por quanto tempo essa demanda adicional por dinheiro vai durar",
declarou.
Segundo ela, em momentos de incerteza, como
atualmente, durante a pandemia de coronavírus, as pessoas tendem a fazer saques
e acumular dinheiro. "Isso não é um fenômeno do nosso país, e isso gerou
um aumento expressivo de demanda nas casas impressoras", declarou.
De acordo com a diretora, o Conselho Monetário
Nacional autorizou nesta quarta-feira (29) o valor de R$ 113,4 milhões para
impressão de 45 milhões de cédulas de R$ 200 e 170 mihões de cédulas de R$ 100.
De acordo com Carolina Barros, o Banco Central fez
uma pesquisa em 2001 e selecionou para as cédulas uma lista de imagens de
animais ameaçados de extinção.
"Como nas demais cédulas, tem elementos de
segurança robustos e capazes de proteger de falsificação. Quanto maior o valor,
maior é a preocupação", afirmou a diretora.
Impressão de cédulas
Neste mês, o governo teve um gasto extra de R$ 437
milhões para impressão de cédulas, com o objetivo de imprimir R$ 100 bilhões adicionais em dinheiro de papel.
De acordo com a área
econômica, a crise do novo coronavírus foi um dos motivos para o aumento da
procura. A pandemia levou as pessoas a "entesourarem" recursos em
casa, ou seja, manter reserva em cédulas.
Outro motivo apontado é a necessidade de fazer
frente ao pagamento do auxílio emergencial – estimado em mais de R$ 160 bilhões
considerando as cinco parcelas aprovadas. Boa parte dos beneficiários,
sobretudo os de menor renda, preferiu sacar o benefício em espécie.