quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Haddad libera sacolinha plástica padronizada em supermercados

Novo modelo deve ser usado pelos paulistanos na coleta seletiva.
Acerto vai orientar regulamentação de lei que prevê veto às sacolinhas.
Roney Domingos Do G1 São Paulo

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira (13) que vai permitir a distribuição de uma sacolinha plástica padronizada nos supermercados da cidade. O modelo, que ainda será apresentado em 60 dias, será desenhado para ser reutilizado pelos paulistanos na coleta seletiva.
A criação de uma sacola padronizada foi a solução encontrada pelo prefeito para encerrar a polêmica das sacolinhas. Uma lei municipal de 2011, que ainda não foi regulamentada, previa o fim da distribuição gratuita das sacolinhas. Entretanto, a lei também previa que os "estabelecimentos comerciais devem estimular o uso de sacolas reutilizáveis".
Haddad disse que chegou a um entendimento com supermercadistas, ambientalistas e representantes da indústria química. Apesar de Haddad não ter detalhado qual a brecha jurídica, diz que o acordo será base da regulamentação da lei 15.374/11. "Nós vamos associar a lei municipal que veda a sacola plástica com o programa ambiental voltado para o resíduo seco", explicou o prefeito.
"Chegamos a um entendimento que acho que vai ser bom para a cidade. Haverá uma uma embalagem padronizada que será autorizada, uma única, com dimensões próprias, resistência própria, cor própria", disse Haddad.

"A pessoa faz as compras no supermercado, utiliza essa sacola e depois deposita as embalagens dos produtos consumidos nesta mesma sacola e coloca para a coleta seletiva. Isso só é possível em virtude das centrais mecanizadas de triagem. Não teríamos condição de fazer isso há seis meses", disse Haddad.
Etapas da polêmica das sacolinhas
A lei 15.374/11, que trata da proibição da distribuição de sacolas plásticas a consumidores no comércio de São Paulo, não tinha sido regulamentada pela Prefeitura. Sem regras complementares emitidas pelo administrativo municipal, não havia como orientar a fiscalização. Na prática, a lei não tem como ser aplicada.
Apesar disso, a distribuição de sacolas chegou a ser impedida durante dois meses em 2012, mas graças a um acordo entre associações e Ministério Público e não propriamente pela aplicação plena da lei. Paralelamente ao acordo, advogados das asssociações buscavam derrubar a aplicação, e o principal argumento é que a lei seria inconstitucional.
Entretanto, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) publicou no começo do mês um acórdão que declara a constitucionalidade da lei.
A batalha jurídica da indústria de material plástico para manter as sacolinhas nos supermercados começou em 2007, quando o município de Santos aprovou uma lei banindo esse tipo de embalagem. Depois disso, mais de 40 cidades paulistas tiveram leis semelhantes publicadas e declaradas inconstitucionais pelo mesmo TJ-SP. A exceção no TJ-SP foi o caso de São Paulo.
O defesa do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de São Paulo tinha a esperança de que o Supremo Tribunal Federal (STF) examine a possibilidade de dar repercussão geral à matéria e solucionar de uma vez por todas o impasse sobre a possibilidade ou não de municípios legislarem sobre o tema.
Coleta seletiva: metas e origem da nova sacola
A ideia de criar um padrão de sacola que pudesse ser utilizada na coleta seletiva já tinha sido comentada pelo secretário municipal de serviços, Simão Pedro, em julho, quando Haddad e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participaram da inauguração da segunda central mecanizada de triagem entregue pela gestão petista.
Ampliar a coleta seletiva é uma das metas da gestão: até 2016, o percentual deve subir dos atuais 2% para 10%. A construção das unidades é de responsabilidade das concessionárias que exploram a coleta de lixo na cidade. As obras estão previstas como contrapartidas nos contratos firmados com as empresas.
As duas centrais  já inauguradas ficam na Ponte Pequena, no Bom Retiro, e em Santo Amaro. A Prefeitura prevê a inauguração de uma unidade em São Mateus, na Zona Leste, em 2015 e uma na Vila Maria, na Zona Norte, em 2016.
Segundo o prefeito, a coleta seletiva está em 85 dos 96 distritos da cidade. Em 40 desses distritos, está universalizada, ou seja, em todas as ruas. Haddad disse que espera chegar a 2016 com a coleta seletiva universalizada.
Atualmente a cidade tem capacidade para processar 750 toneladas, das quais, 500 nas centrais mecanizadas de triagem. O prefeito diz que a utilização da sacola padrão é importante porque sem ela não tem como o caminhão de lixo saber onde está o lixo seco.
"Eu vou padronizar, vou dar as instruções, o horário da coleta seletiva. Vai virar um mecanismo de publicidade do programa. Hoje eu não tenho nenhuma publicidade do programa. Tanto é que triplicamos a capacidade de processamento da coleta seletiva, mas não triplicou a coleta seletiva. Preciso de um mecanismo educativo. Se os supermercados estão dispostos a fazer esse trabalho junto conosco, vamos ter quantos postos de venda educando a população?", disse o prefeito.
A meta também é de chegar a 2016 com capacidade de processar 25% do lixo seco da cidade. Hoje o processamento representa pouco menos de 20% do lixo seco.
Tags: Economia, Sacolinha plástica, Supermercados

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Novos limites mínimos de velocidade da internet passam a valer amanhã


Fonte: Por Redação Olhar Digital - em 31/10/2014 às 16h47

A Anatel divulgou, nesta sexta, 31, os novos limites mínimos de velocidade contratada pelos assinantes, seja na banda larga fixa ou móvel. Os percentuais mais rigorosos passam a valer a partir de amanhã, dia 1º.

De acordo com a nova medida, as operadoras deverão garantir, em média, 80% da velocidade contratada e também 40% da velocidade na transmissão instantânea. As porcentagens valem tanto para download quanto upload.

Sendo assim, se um usuário contratar um plano de 10Mbps, sua velocidade média mensal deve ser de, no mínimo, 8Mbps. Já a velocidade instantânea, isto é, aquela aferida durante uma medição, deve ser de, no mínimo, 4Mbps.

Até então, as empresas deveriam entregar 70% da velocidade na taxa de transmissão média e 30% na taxa de transmissão instantânea. Já na regra anterior, válida até novembro de 2012, os percentuais eram de 60% e 20%, respectivamente.

Tags: Anatel, Banda larga, Internet

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Agência autoriza Sabesp a ampliar faixa de bônus a quem poupar água

Clientes que reduzirem consumo entre 10% e 20% também terão desconto.
Decisão da Arsesp passa a valer a partir desta quinta-feira (23).

  
* * * Extraído do G1 * * *
A Agência Reguladora de Saneamento e energia do Estado de São Paulo (Arsesp) aprovou que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) amplie a faixa de bônus para quem economizar água em São Paulo. O desconto passa a valer a partir desta quinta-feira (23).
Agora, os imóveis que reduzirem em 10% ou 15% terão desconto de 10% na conta. Aqueles que diminuírem o gasto entre 15% ou 20% receberão bônus 20% (veja mais detalhes do programa abaixo).

Na terça-feira (21), a Sabesp havia informado que daria desconto na conta de água para os imóveis que reduzissem o consumo entre 10% e 20%. O bônus gradual foi solicitado pelo governador Geraldo Alckmin, mas dependia de aprovação da Arsesp.

Nesta quinta, o Sistema Cantareira, que abastece 6,5 milhões de pessoas na Grande São Paulo, operava com 3% de sua capacidade, já considerando a 1ª cota da reserva técnica (volume morto), que começou a ser utilizada em 16 de maio.




Regras para o novo bônus

Os imóveis que reduzirem em 10% ou 15% terão desconto de 10% na conta. Aqueles que diminuírem o gasto entre 15% ou 20% receberão bônus 20%. O cálculo é feito em relação à média de consumo entre fevereiro de 2013 a janeiro de 2014. Desde fevereiro, os clientes que economizam 20% ou mais recebem desconto de 30% na conta de água. A ampliação do bônus faz parte das ações adotadas pelo governo para amenizar os reflexos da crise hídrica no estado.


O balanço mais recente aponta que 49% dos clientes da Sabesp tiveram o bônus porque reduziram em pelo menos 20% seu consumo. Outros 26% economizaram, mas não receberam a bonificação. Ainda de acordo com a companhia, 25% gastaram mais água do que a média.

Cidades beneficiadas com o bônus:

- Região Metropolitana de SP: São Paulo, Arujá, Barueri, Biritiba-Mirim, Caieiras, Cajamar, Carapicuíba, Cotia, Diadema, Embu das Artes, Embu-Guaçu, Ferraz de Vasconcelos, Francisco Morato, Franco da Rocha, Itapecerica da Serra, Itapevi, Itaquaquecetuba, Jandira, Mairiporã, Mogi das Cruzes (bairros da divisa), Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Poá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Salesópolis, Santana de Parnaíba, São Bernardo do Campo, Suzano, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista- Região Metropolitana de Campinas e região bragantina: Bragança Paulista, Hortolândia, Itatiba, Joanópolis, Monte Mor, Morungaba, Nazaré Paulista, Paulínia, Pinhalzinho, Piracaia e Vargem.

Tags: Falta de água, Represa, Sabesp, Seca

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Aécio diz que Lula 'apequena' a própria biografia ao atacar PSDB

Tucano classificou ataques de petista como 'torpes' e 'absurdos'.
Na terça-feira, Lula comparou o PSDB ao nazismo ao falar em agressões.


* * * Extráido do G1 * * *
Raquel Freitas Do G1 MG
O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou nesta quarta-feira (22), durante entrevista coletiva em Belo Horizonte (MG), que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "apequena" sua própria biografia ao fazer ataques ao PSDB.

Aécio foi indagado sobre as declarações do petista em que ele compara o PSDB ao nazismo. "Só quem perde com isso é ele. Acho que ele apequena a sua biografia com ataques torpes e absurdos como esse", declarou Aécio.

Durante evento no Recife (PE) nesta terça-feira (21) ao lado da candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff, Lula voltou a chamar Aécio de "filhinho de papai" e fez declarações duras sobre a postura do tucano frente à Dilma. "De vez em quando, parece que estão agredindo a gente como os nazistas. Eles [tucanos] são intolerantes, mais que Herodes quando mandou matar Jesus Cristo", disse Lula.
Aécio disse que 'ignora' os ataques feitos por Lula. "O Lula não está disputando eleição. Eu ignoro [os ataques]. Eu lamento apenas que um ex-presidente da República se permita cumprir um papel tão inexpressivo como esse que ele vem cumprindo no final dessa campanha eleitoral. É triste para a sua própria biografia", completou. Nesta terça, durante evento em Goiânia, Aécio disse que faz "campanha propositiva", mas que não deixará de responder a ataques.

Aeroporto de Cláudio
Durante a entrevista, Aécio Neves também foi questionado se a investigação do Ministério Público Federal (MPF) sobre supostas irregularidades na construção de um aeroporto no município de Cláudio poderia impactar negativamente a campanha dele. O candidato deu uma resposta breve sobre o assunto: "Não, tem que investigar, que investigue", disse.
O candidato tucano reiterou compromissos de campanha, como a garantia de manutenção de programas sociais, a exemplo do Bolsa Família, o fortalecimento dos bancos públicos e a revisão dos fator previdenciário.

"Essa campanha vai ficar marcada na história do Brasil, como campanha da infâmia por parte dos nossos adversários. Hoje mesmo, são boletins, jornais apócrifos, anônimos sendo distribuídos em todo o Brasil, exatamente dando a ideia de que nós poderíamos estar indo na direção da diminuição ou do fim dos nossos programas sociais ou da privatização dos bancos públicos. O que não vai acontecer, os nossos adversários sabem que não vai acontecer. Mas para eles não há limites, não há limites para se manterem no poder", disse.

Futebol
Aécio afirmou, ainda, que pretende democratizar e profissionalizar o futebol brasileiro. "Eu estou ao lado da modernização do futebol. Conversei ontem à noite, por coincidência, com o senador eleito pelo Rio de Janeiro Romário, que hoje está manifestando apoio à nossa candidatura e que também tem propostas nesta direção. (...) Nós temos que profissionalizar a gestão dos nossos clubes de futebol, o que não vem acontecendo hoje", falou. 
Sem detalhar propostas, ele também informou que vai trabalhar para que programas que atualmente estão quase extintos, como o Segundo Tempo [do Ministério dos Esportes, voltado à promoção social de crianças e adolescentes em situações consideradas de vulnerabilidade], cheguem às escolas. No fim, o candidato brincou, dizendo que ainda é esportista, mesmo sem a competência de antes.

O candidato do PSDB foi perguntado, ainda, sobre o fato de campanha petista abordar o tema da violência contra a mulher referindo-se a ele. "Não vou responder, deixa que as pessoas respondam nas urnas a todas essas infâmias", rebateu.




Tancredo e JK
Aécio encerrou sua campanha em Belo Horizonte, nesta quarta-feira (22), na Praça da Estação, no centro de Belo Horizonte. No comício ele se comparou aos presidentes Juscelino Kubistchek e Tancredo Neves, dizendo que "herdou" a coragem necessária para mudar o país.
"Mais uma vez, assim como já aconteceu em outros momentos históricos da vida nacional, sempre que a dificuldade era grande, o Brasil buscava em Minas um líder para construir a mudança. Foi assim com Juscelino há 60 anos atrás. Depois, passados 30 anos, coube a outro mineiro, Tancredo Neves, nos conduzir ao encontro com as liberdades e a democracia", afirmou.

"E quase que como uma construção do destino, outros 30 anos se passaram e eu estou aqui com os mesmos valores, com a mesma coragem, com a mesma determinação para dar ao Brasil um governo que seja de todos os brasileiros", completou em seguida.
O discurso reuniu cerca de 10 mil pessoas e durou pouco mais de dez minutos. Aécio ainda disse que pretende "libertar" o povo brasileiro. "São poucos, pouquíssimos dias que nos separam da libertação do Brasil, porque, se há 30 anos atrás o pai de minha mãe, o presidente Tancredo, nos libertou da ditadura, eu vou libertar o Brasil de um governo que se apropriou do Estado nacional em benefício de um pequeno grupo e em detrimento dos interesses maiores da nossa gente".
Os atores Milton Gonçalves e Cláudia Rodrigues, o cantor Fagner, o compositor Fernando Brant e a dupla sertaneja César Menotti e Fabiano também participaram do comício.

Tags: Aécio Neves, Brasil, Eleições, Política

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Saiba como descobrir qual sistema de água abastece sua casa



Segunda-feira, 20/10/2014, às 06:00, por Paula Paiva Paulo

* * * Extraído do Portal G1 * * *

A região metropolitana de São Paulo é abastecida por seis sistemas de água: Cantareira, Alto Tietê, Guarapiranga, Rio Grande, Alto Cotia e Rio Claro. Todos os reservatórios, segundo a Sabesp, atendem 19,01 milhões de pessoas em 29 cidades do estado, a maioria na Grande São Paulo.
O morador pode conferir em sua conta de água qual sistema é responsável pelo abastecimento da sua residência. A informação está abaixo dos índices de qualidade de água, na segunda parte da conta impressa (veja exemplo abaixo).




A Cantareira é o sistema que abastece o maior número de pessoas (6,5 milhões), seguida da Guarapiranga (4,9 milhões), Alto Tietê (4,5 milhões), Rio Claro (1,5 milhão), Rio Grande ( 1,2 milhão) e Alto Cotia (410 mil). A Sabesp atualiza diariamente a situação de cada sistema, que pode ser vista aqui.

Veja qual região cada um dos sistemas da Grande SP abastece:

Cantareira: zonas Norte e central e partes das zonas Leste e Oeste da capital, bem como os municípios de Franco da Rocha, Francisco Morato, Caieiras, Osasco, Carapicuíba e São Caetano do Sul (na sua totalidade); e parcialmente os municípios de Guarulhos, Barueri, Itapevi, Jandira, Santana de Parnaíba, Cajamar e Santo André.

Guarapiranga: zonas Sul e Sudeste da capital.

Alto Tietê: parte da Zona Leste de São Paulo e Arujá, Itaquaquecetuba, Poá, Ferraz de Vasconcelos, Suzano, Mauá (parte), Mogi das Cruzes (bairros da Divisa), Santo André (parte) e Guarulhos (bairros dos Pimentas e Bonsucesso)

Rio Claro: Sapopemba e parte dos municípios de Ribeirão Pires, Mauá e Santo André.
Rio Grande: em Diadema, São Bernardo e Santo André (parte).

Alto Cotia: Embu, Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra, Cotia e Vargem Grande.

Tags: Água, Falta de água, Racionamento, Sabesp

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Governo e empresas discutem mudanças para telefonia fixa

* * * Extraído do Portal INFO ONLINE * * *

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou que o governo federal e as operadoras já começaram as discussões sobre mudanças no modelo de concessões de telefonia fixa.
As mudanças são necessárias porque a utilização de telefonia fixa tem diminuído e pode acabar incorporada pelos serviços de voz pela internet.
Os contratos de concessão têm validade até 2025, mas Bernardo considera a possibilidade de a telefonia fixa desaparecer antes disso. "Faltam dez anos, é um prazo razoável, mas pode ser que em 2020 ninguém mais use o telefone", afirmou a jornalistas em entrevista após participar de evento com empresários do setor.
O ministro sugeriu que os contratos sejam revistos em comum acordo com as operadoras. Uma possibilidade seria as empresas passarem a oferecer pela mesma concessão também a banda larga.
"Faz mais sentido que a empresa tenha a possibilidade de oferecer internet e serviços integrados do que só telefonia", sugeriu. "Temos que fazer uma mudança legal, com base na revisão dos contratos para que a empresa passe também, em regime público e regime privado, a oferecer banda larga", comentou, observando que ainda não existe um modelo de proposta já pronto.
"Temos que repensar esses contratos, repactuando. Não se pode enfiar nada na garganta de ninguém, pois temos contratos e precisam ser respeitados", afirmou o ministro.
Ele admitiu que haverá necessidade de apresentar atrativos para as empresas atuaram no segmento de banda larga pública, mas disse também que as concessões não são um "self service", em que se pega apenas aquilo que se quer.
Bernardo disse acreditar que a discussão sobre esse tema tende a evoluir em 2015, junto com as discussões sobre o plano geral de metas da universalização de serviços de telecomunicações.
TIM
O ministro afirmou também que o presidente da Oi declarou seu interesse em comprar a TIM durante um encontro recente. "Recebi o presidente da Oi e ele falou que tem todo o interesse em comprar a TIM. Não sei se vai ter mudança regulatória.
Depois a TIM também disse que ia comprar a Oi. A TIM disse que ia comprar a GVT, e a Telefônica foi quem comprou. Temos que esperar", afirmou. Ele também negou que tenha havido contato entre os governos brasileiro e português para discutir uma eventual venda dos ativos da Portugal Telecom (PT) pela Oi.
Bernardo comentou que chegou a ter dúvidas sobre se haveria fôlego financeiro por parte das empresas do mercado de telecom para dar andamento ao processo de consolidação, mas avaliou que a aquisição da GVT pela Telefônica pelo montante de cerca de R$ 22 bilhões afasta esse questionamento. "Tem gente com dinheiro e apostando que o setor vai crescer", afirmou.
O ministro reafirmou que o governo federal não fará o papel de corretor num processo de consolidação do mercado brasileiro e que a compra de uma empresa por outra é um processo natural.
Questionado sobre possíveis mudanças regulatórias necessárias para viabilizar esse processo, ele comentou que ainda é cedo para responder.
GVT
De acordo com o ministro, a compra da GVT pela Telefônica, anunciada algumas semanas atrás, deverá se concretizar sem obstáculos por parte dos órgãos regulatórios e concorrenciais.
"Não vejo grandes dificuldades. O pessoal do Cade, numa avaliação preliminar, acha que dá para passar. Talvez tenha alguma exigência", disse o ministro. Bernardo acrescentou que a GVT não possui espectro de radiodifusão, que são limitados e implicariam maior complexidade na avaliação regulatória por parte da Anatel.
Tags: GVT, OI, Telefonia, TIM, VIVO

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Sabesp admite possível 'incremento de ocorrências de falta d'água' em SP

* * * Extraído do portal G1 * * *
Plano enviado à ANA nesta sexta-feira prevê três cenários até abril de 2015.
No pior quadro, Cantareira pode ter déficit e depender de volume morto.
Isabela Leite Do G1 São Paulo
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) admitiu em documento enviado à Agência Nacional de Águas (ANA) e ao Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) a possibilidade de "incremento de ocorrências de falta d'água" caso os índices de chuva sobre o Sistema Cantareira até abril do próximo ano sejam iguais aos de 1953, que é o pior período da série histórica acompanhada pela companhia.
No documento enviado à ANA nesta sexta-feira (10) para obter licença para uso da segunda cota do volume morto, a Sabesp simulou três cenários para o Cantareira. No pior deles, que considera um regime de vazão afluentes (água originada de chuvas) semelhante ao de 1953, a Sabesp avalia que o sistema poderá chegar a abril sem ter qualquer recuperação de seu "volume útil" e ainda tendo déficit de 50 bilhões de litros da primeira cota do volume morto, que tem 182 bilhões de litros.
O Cantareira abastece atualmente 6,5 milhões de pessoas na capital e Grande São Paulo, mas opera com 5,1% da capacidade, considerando o uso da primeira cota do volume morto. Entretanto, no documento, a Sabesp defende que o uso da segunda cota do volume morto, chamado por ela de "Reserva Técnica II", amplia a "margem de segurança" do abastecimento da população durante o período chuvoso que vai de outubro de 2014 a abril de 2015.
Ao avaliar os cenários, a Sabesp afirma: "As simulações atestam que a perspectiva de utilização da Reserva Técnica II – ainda que esta utilização não constitua, no momento, uma certeza – amplia a margem de segurança para a continuidade do abastecimento metropolitano durante o ciclo hidrológico que ora se inicia, porém o risco para a garantia plena do abastecimento, com as vazões propostas, é aumentada sobremaneira (sic), com a possibilidade de incremento de ocorrências relacionadas à falta d'água."
O documento que apresenta a simulação de cenários é chamado de "Projeção de Demanda do Sistema Cantareira" (leia mais abaixo). Nele, a companhia disse ainda que prevê a redução da retirada de água durante a estação chuvosa, afirmou que a cota atual do volume morto pode acabar em 15 de novembro caso não chova e informou não ter planos de implementar racionamento.
Relatório da Sabesp
O relatório da Sabesp foi protocolado no DAEE na tarde desta sexta-feira, que encaminhou o documento à Agência Nacional de Águas. O objetivo da companhia é obter a autorização dos órgãos reguladores para o uso da segunda cota da reserva técnica do Cantareira, que "amplia a margem de segurança para a continuidade do abastecimento metropolitano durante o ciclo hidrológico que ora se inicia", segundo o plano de contingência. O DAEE já se posicionou favorável.
No documento, a Sabesp projeta possíveis situações de acordo com o regime de chuva. O primeiro cenário apontado pela companhia é de chuva nas represas - chamada de afluência - dentro da média para o período, citada como 100%. Nesse caso, até abril do próximo ano, o volume útil do sistema chegaria a 369,7 bilhões de litros. O segundo quadro considera índice de chuva em 75% do previsto, o que resultaria no volume de 148,8 bilhões de litros até abril.
A terceira - e pior situação - seria a incidência de chuva nas represas semelhante ao registrado em 1953, a mais baixa da série histórica acompanhada pela companhia. Neste caso, o sistema dependeria do volume morto porque o déficit de abastecimento chegaria a 50 bilhões de litros.
Redução de retirada de água
Mesmo sem o aval da ANA e do DAEE para usar a segunda cota do volume morto, a Sabesp considera reduzir imediatamente a retirada de água do sistema de 19,7 metros cúbico por segundo para 19 metros cúbicos/segundo e, a partir de novembro, para 18,5 metros cúbicos/segundo. Antes da crise hídrica, a companhia retirava 31 metros cúbicos/segundo das represas para abastecer moradores da Região Metropolitana de São Paulo.
Outros sistemas geridos pela empresa também passaram a atender 2,3 milhões de consumidores anteriormente abastecidos pelo Cantareira. Segundo a empresa, o relatório enviado aos órgãos reguladores demonstra que é possível garantir o abastecimento da população, mesmo com uma vazão menor, mas o conteúdo não foi divulgado. A empresa havia pedido aos órgãos reguladores prazo de entrega até segunda-feira (6) para fazer correções no relatório enviado em 26 de setembro, mas não cumpriu a data.
A agência aguarda o documento para analisar o pedido de uso da segunda cota da reserva técnica (volume morto) do sistema. O presidente da agência, Vicente Andreu, disse que autorizará a captação mediante divulgação detalhada sobre a crise hídrica por parte do governo. Ainda nesta tarde, o DAEE enviou ofício afirmando ser favorável à captação de água da segunda cota do volume morto. Cabe agora à agência se pronunciar.
Ação judicial
A crise hídrica também é investigada pelos Ministério Público Federal (MPF) e pela Procuradoria estadual. Nesta sexta-feira, a Justiça Federal de Piracicaba (SP) concedeu liminar que determina revisão das vazões de retirada do Cantareira. A decisão foi tomada a pedido dos promotores e definiu que as medidas adotadas pelos órgãos responsáveis precisam garantir a recuperação do sistema em seu "volume integral" no prazo de cinco anos.
A medida obriga a ANA e o DAEE a assegurarem que o consumo do chamado volume morto 1 não se esgote antes do dia 31 de novembro, evitando prejuízos iminentes à bacia hidrográfica dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.  Os órgãos deverão definir limites para as novas vazões de retiradas e criar um planejamento semanal das captações feitas pela Sabesp para preservar a cota mínima de 10% do volume útil original do Cantareira até a próxima estiagem, que tem início previsto para 30 de abril do ano que vem.
Em nota, a Sabesp alegou que a Justiça não deu oportunidade à empresa ou à Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos para esclarecer as questões, e informou que, se autorizada, poderá utilizar a segunda parte da reserva técnica do Cantareira "apenas em caso de necessidade" e "embasada em rigoroso estudo técnico". A ANA não se manifestou porque ainda não recebeu a notificação oficial sobre a ação.
Tags: Água, Cantareira, Chuva, Represa, Sabesp, Seca

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Google encerra Orkut nesta terça; rede terá "museu online" de comunidades

* * * Extraído do UOL * * *

Do UOL, em São Paulo

Histórico

Fundado pelo turco Orkut Büyükkökten, que trabalhava no time de engenharia do Google, o projeto da rede social fazia parte de uma iniciativa da gigante das buscas, que disponibilizava 20% do horário do expediente para funcionários trabalharem em um projeto novo.
A rede social fez sucesso, basicamente, em dois países: Brasil e Índia. Isso fez com que o Google em 2008 transferisse a responsabilidade pela plataforma entre os engenheiros do Google nessas duas localidades.
No Brasil, o Orkut foi por bastante tempo a rede mais acessada no país. Com a popularidade, também vieram os problemas. Em função da disseminação de pornografia infantil no site, em 2 de julho de 2008, o Google assinou um TAC (termo de ajustamento de conduta) com o MPF (Ministério Público Federal), comprometendo-se em cooperar com a Justiça para localizar infratores.
A primeira experiência de rede social do brasileiro foi escancarada no Orkut. Não faltavam conteúdos esquisitos postados por usuários. Houve até sites especializados em reunir esse tipo de conteúdo, como o "Pérolas do Orkut".
Outro aspecto da rede social é que ela foi também palco de uma das primeiras webcelebridades brasileiras: Katilce Miranda. Após ser beijada por Bono Vox, do U2, durante um show de 2006, a carioca recebeu em sua área de scraps (recados) mais de 1 milhão de mensagens. A iniciativa ficou conhecida como "Chat da Katilce".

Declínio

Em 2011, ano que marcou o início da queda da rede, o Orkut afirmou que não temia a ameaça do Facebook  -- então com 600 milhões de usuários no mundo (hoje o número de usuários ultrapassa 1 bilhão). Em setembro daquele ano, o Ibope confirmou que a rede social de Mark Zuckerberg havia passado a rede do Google em número de usuários no Brasil.
Além da popularização do Facebook, outra mudança que contribuiu para a queda do Orkut foi a o lançamento do Google+ em julho de 2011. No ano seguinte, a plataforma passaria a conectar os perfis do Orkut à rede, unificando postagens.
Oficialmente, o Google cita que Google+, YouTube e Blogger acabaram "canibalizando" o Orkut, na medida que não valia mais a pena manter a rede social idealizada pelo engenheiro turco.
"Foram dez anos inesquecíveis. Pedimos desculpas para aqueles que ainda utilizam o Orkut regularmente. Esperamos que vocês encontrem outras comunidades online para alimentar novas conversas e construir ainda mais conexões, na próxima década e muito além", escreveu Paulo Golgher, diretor de engenharia do Google, em post sobre o fim do Orkut.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Satélite perdido da NASA faz seu primeiro contato com a Terra em 17 anos


* * * Extraído do Portal UOL * * *

Por: Kelsey Campbell-Dollaghan
30 de maio de 2014 às 9:38


É oficial: o ISEE-3, um satélite lançado há 36 anos que a NASA deixou para morrer há mais de uma década, voltou a fazer contato com a humanidade. Um grupo de voluntários – que arrecadou quase US$ 160.000 para controlar o ISEE-3 – estabeleceu contato bidirecional com o pequeno satélite.

O contato foi feito pelo Observatório de Arecibo em Porto Rico, onde cientistas colaboraram com uma rede mundial de fãs do espaço para financiar e realizar o projeto.

O que acontece daqui para a frente? "Ao longo dos próximos dias e semanas, nossa equipe irá fazer uma avaliação do status geral do satélite, e aperfeiçoar as técnicas necessárias para ativar seus motores e trazê-lo de volta para uma órbita próxima à Terra", explica a equipe Reboot em um comunicado triunfante.
Na semana passada, a NASA autorizou oficialmente a equipe a fazer contato com o ISEE-3, lançado em 1978 para estudar a relação entre Terra e Sol. Ele realizou diversas missões até 1997, quando a NASA parou de contatá-lo.


Uma década depois, a agência descobriu que o ISEE-3 ainda estava funcionando, mas não poderia levá-lo a novas missões, pois a antena na Terra que se comunicava com ele foi removida. A NASA não tem orçamento o suficiente para perseguir esse projeto.

Por isso, a equipe Reboot de cientistas – vindos da SkyCorp, SpaceRef, Space College Foundation e outros – se prontificaram a usar outra antena e a reconstruir o software dos anos 70 usado para se comunicar com o ISEE-3. Eles arrecadaram US$ 159.602 em uma campanha de crowdfunding no RocketHub, e fecharam um acordo com a NASA para controlar o satélite.

Isto pode indicar um futuro diferente para a indústria espacial: em vez de ficar nas mãos de agências governamentais, ela passaria para a iniciativa privada – Elon Musk e seu SpaceX estão aí para mostrar isso – e também para cientistas e engenheiros independentes.

Nos próximos anos, outras espaçonaves da NASA vão ficar obsoletas e talvez sejam abandonadas, enquanto o orçamento da agência não deve crescer muito até lá. Quem assumirá o controle?
Agora vem a parte divertida: fazer o ISEE-3 voltar a analisar o espaço. Sua missão ainda é "estudar a física do vento solar" e também ficar de olho em cometas. [Reboot Project]

Tags: Ciência, Espaço, Nasa, Satélite, UOL