Ele é Pelé há 64 anos, quando chegou ao Santos - o clube de Pelé.
Há 63 anos
Ele vestiu a amarelinha pela primeira vez - a seleção de Pelé.
Há 62 anos
Ele conquistou o mundo pela primeira das três vezes - o mundo de Pelé.
Errei: do
planeta que não é de Pele por Ele ser de outra galáxia. Com o devido respeito a
Três Corações, o Pelé dos 1000 gols é ET.
Todo mundo
tem história com Ele. Também por ninguém saber tabelar com a gente como Ele.
Ninguém atende tão bem as pessoas que não conhece quanto Edson conhecido por
todas elas. Todas ganham atenção e autógrafo, selfie e sorriso. Até nisso Pelé
é Pelé.
Eu adoraria dizer que não esqueço o único gol que vi Dele no
estádio, no Morumbi, no empate com o meu Palmeiras, em 1973. Mas eu não vi. Meu
pai tanto falou Dele que eu morri de medo e toda vez que a bola passava pelo
meio-campo eu fechava os olhos para não ver Pelé pelezar.
Por isso não
O vi marcando o gol naquele domingo. Um clássico numa tarde de sol: gol de
Pelé.
Como o
daquele dia de Maracanã contra o Fluminense, em 1961. Quando Ele driblou o
Tricolor inteiro para marcar mais um golaço. O que inspirou o editor Walter
Lacerda e o jornalista Joelmir Beting a criarem uma placa em homenagem à
obra-Pelé.
Uma placa que
em 1999 o próprio Pelé deu ao meu pai. Em retribuição do autor do Gol de Placa
ao autor da placa do gol.
O maior
prêmio que minha família recebeu.
Mas eu ainda
ganharia outro, por ser curador da exposição das Copas do Rei do Museu Pelé.
Onde uma vez levei meu filho para um evento que apresentei com o Rei. Ele
perguntou o nome do meu caçula e disse em seguida: "Gabriel, você tira uma
selfie comigo"?
Isto é Pelé.
Ou melhor. É o Edson que sabe o tamanho universal do Pelé. Um Beatle que lançou
o último disco em 1977. Um Fellini que dirigiu o último filme em 1977. Um
Michelangelo que pintou a última capela em 1977. Um Leonardo da Vinci que criou
a última obra em 1977.
O Pelé do futebol é o Pelé.
Não é 8 ou
80. É 10. É 80. É mais de mil gols. É tri.
É do Pelé.
Perdão por
falar de coisas pessoais. Mas com Ele é assim. Ele nos faz mais pessoal. Ele
nos faz acreditar mais nas pessoas. Saber separar o que o Édson erra como
humano e o que Pelé acertou como ser além disso e de tudo.
Tão Pelé que
até quando errou o gol do meio-campo em 1970, quando cabeceou a bola que Banks
fez uma defesa de Pelé no México, e quando não fez o golaço no drible da vaca
no goleiro uruguaio, Pelé foi mais que todos.
Até não fazer
gol é mais genial com Pelé. É mais Pelé que genial.
Pele é Rei na
democracia mundial do futebol. Mas é rei de real, não da nobreza, por fazer
reais os lances irreais. É rei não por não perder a majestade. É rei por fazer
simples as coisas complexas. É real a sua obra por levar o Brasil ao mundo e
nos trazer três vezes o mundo pra casa.
Pelé não
perde a majestade por ser simples. Por ser Pelé em cada trato mais do que
pessoal. Por não levar o trono no bolso como levou rivais na bola.
Pelé faz 80
assim celebrado por ser 10 em tudo lá dentro. O cidadão do mundo de outro planeta
faz tudo ficar maior do que é.
Ele nos deu o
sonho real. Ele nos deu o mundo.
A gente de
tanto falar Dele acha que pode chegar perto.
Afinal, quem
um dia não sonhou ser Pelé?
Eu não.
Porque nem Pelé em sonho supera o Rei real.
Edson Arantes
do Nascimento. Você tem o nome do gênio que inventou a lâmpada. Como o Thomas,
Edson não é o gênio da lâmpada. Mas ilumina com o mesmo mantra do inventor de
quase tudo: o gênio consiste em um por cento de inspiração e noventa e nove por
cento de transpiração.
Imagem de apresentação feita pela diretora de
Administração do Banco Central, Carolina de Assis Barros, sobre a nova cédula
de R$ 200 — Foto: Reprodução / Banco Central
* * * Extraído do Portal G1 * * *
Nova cédula foi aprovada pelo Conselho Monetário
Nacional, e terá como personagem o lobo-guará. Previsão é que entre em
circulação no final de agosto.
Por Alexandro
Martello, G1 — Brasília
O Banco Central informou nesta quarta-feira (29)
que o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou o lançamento da cédula de R$
200, que terá como personagem o lobo-guará.
De acordo com a instituição, a nova cédula deverá
entrar em circulação no final de agosto, e a previsão é que sejam impressas 450
milhões de cédulas de R$ 200 em 2020.
Até a última atualização desta reportagem, o Banco
Central ainda não tinha divulgado a imagem da nova cédula. Atualmente, há seis
tipos de cédulas em circulação: R$ 2, R$ 5, R$ 10, R$ 20, R$ 50 e R$ 100.
A diretora de Administração do Banco Central
afirmou que a instituição está atenta à demanda da população por mais meio
circulante. "Se ela [a demanda] existe, a gente precisa atender. A gente
não sabe por quanto tempo essa demanda adicional por dinheiro vai durar",
declarou.
Segundo ela, em momentos de incerteza, como
atualmente, durante a pandemia de coronavírus, as pessoas tendem a fazer saques
e acumular dinheiro. "Isso não é um fenômeno do nosso país, e isso gerou
um aumento expressivo de demanda nas casas impressoras", declarou.
De acordo com a diretora, o Conselho Monetário
Nacional autorizou nesta quarta-feira (29) o valor de R$ 113,4 milhões para
impressão de 45 milhões de cédulas de R$ 200 e 170 mihões de cédulas de R$ 100.
De acordo com Carolina Barros, o Banco Central fez
uma pesquisa em 2001 e selecionou para as cédulas uma lista de imagens de
animais ameaçados de extinção.
"Como nas demais cédulas, tem elementos de
segurança robustos e capazes de proteger de falsificação. Quanto maior o valor,
maior é a preocupação", afirmou a diretora.
De acordo com a área
econômica, a crise do novo coronavírus foi um dos motivos para o aumento da
procura. A pandemia levou as pessoas a "entesourarem" recursos em
casa, ou seja, manter reserva em cédulas.
Outro motivo apontado é a necessidade de fazer
frente ao pagamento do auxílio emergencial – estimado em mais de R$ 160 bilhões
considerando as cinco parcelas aprovadas. Boa parte dos beneficiários,
sobretudo os de menor renda, preferiu sacar o benefício em espécie.
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Notícias
Movimentação de pessoas na Rua 25 de Março, região central de
São Paulo, na manhã de sábado (20) — Foto: Bruno Rocha/Estadão Contrúdo
* * * Extraído do Portal G1 * * *
Fiscalização será feita pelas Vigilâncias Sanitárias municipais.
Órgão também vai multar em R$ 5 mil estabelecimentos comerciais com pessoas sem
máscaras.
Por Tatiana Santiago e Renata Bitar*, G1 SP —
São Paulo
29/06/2020 12h56 Atualizado há
2 horas
O governador João Doria (PSDB)
anunciou na tarde desta segunda (29) que as pessoas que forem flagradas sem
máscaras em áreas públicas serão multadas no valor de R$ 500 a partir de
quarta-feira (1º). Neste caso, a fiscalização terá o apoio das prefeituras municipais.
"O governo do estado de São Paulo, com o apoio das
prefeituras municipais, estabelece uma multa para pessoas físicas flagradas sem
máscara em espaços públicos, a multa é de R$ 500", disse.
A pessoa física que desrespeitar a determinação terá que
apresentar seus documentos para a emissão da multa. E, em caso de resistência,
a PM poderá ser acionada. "A responsabilidade é da Vigilância Sanitária
dos estados e dos municípios. Se houver necessidade, a vigilância poderá
recorrer à Polícia Militar o Guarda Civil Municipal", declarou Doria.
Também será aplicada multa no valor de R$ 5 mil aos
estabelecimentos comerciais que estiverem com pessoas sem máscaras. A
fiscalização será feita pela Vigilância Sanitária. O estabelecimento deverá
fornecer máscara para permitir a entrada dos clientes que não estiverem usando.
"Estabelecimentos comerciais, de qualquer tamanho, que a
partir do dia 1º de julho no estado de São Paulo forem flagrados pela
Vigilância Sanitária com a presença de pessoas sem a utilização de máscaras
serão multados em R$ 5 mil por pessoa e por vez. Se tiverem dez pessoas, serão
dez multas sucessivas, se tiverem 20 pessoas serão 20 multas sucessivas",
afirmou o governador.
De acordo com ele, o valor
integral arrecadado com as multas aplicadas será destinado ao programa Alimento
Solidário, para a aquisição das cestas e distribuição às pessoas em estado de
pobreza e extrema pobreza.
No início de maio, o governo do estado já tinha publicado um decreto
que determinava o uso geral e obrigatório de máscaras nas 645 cidades paulistas por
tempo indeterminado para o combate à pandemia do coronavírus. Segundo o
decreto, os infratores poderiam receber multa de R$ 276 a R$ 276 mil, ou até
ser punido com pena de um a quatro anos de detenção. No entanto, no período,
nenhum estabelecimento foi multado. Desde então, os locais receberam apenas
orientações.
Na capital paulista, 97% da população utiliza máscaras durante a
pandemia do coronavírus e, no estado, 93% da população, segundo Doria.
A diretora técnica Christina Megid, da Vigilância Sanitária
estadual, disse que foram feitas 18 mil fiscalizações para orientar os
estabelecimentos comerciais e a população também pode denunciar o
descumprimento da determinação do uso das máscaras. "Quando observar que
exista algum estabelecimento, algum lugar que não esteja cumprindo, nós temos
um canal de denúncia, que é o 08007713541, gostaríamos que quem observar o
descumprimento de qualquer legislação de proteção à saúde neste momento fizesse
a denúncia. Que a população fosse também um grande fiscal aliado também ao
estado", orientou ela.
No entanto, Christina Megid afirmou que a Vigilância Sanitária continua
orientando os estabelecimentos. “A gente já visitou inúmeros estabelecimentos,
se você volta e continua não cumprindo a legislação, com certeza será penalizado.
Em relação aos restaurantes, acho que nós temos que ter bom senso, pois no
momento de comer ele vai ter que retirar.”
Já o número de mortes causadas pelo novo coronavírus chegou a 14.398,
aumento de 60 óbitos.
As novas confirmações informadas não significam, necessariamente, que as
mortes e casos aconteceram de um dia para o outro, mas que foram contabilizadas
no sistema neste período. Os números costumam ser menores no final de semana e
às segundas-feiras, devido ao atraso nas notificações nestes dias.
O recorde de casos no estado ocorreu na última sexta-feira (26) com
9.921 confirmações. Foi o terceiro dia consecutivo que os casos registrados nas
últimas 24 horas bateram recorde.
Nesta segunda, o número de pacientes internados caiu para 13.033, sendo
5.336 em UTI e 7.697 em enfermaria. No domingo, eram 14.113, sendo 8.387 em
enfermaria e 5.726 em leitos de UTI.
Já a taxa de ocupação de leitos de UTI destinados para pacientes com
Covid-19 caiu para 65% no estado e para 66,6% na Grande São Paulo. No domingo,
as taxas eram de 67,2% na Grande São Paulo e 65,3% no estado.
Com mais tempo em casa durante a quarentena, tráfego na internet aumentou, bem como o número de reclamações — Foto: Claudio Schwarz/Unsplash
* * * Extraído do Portal G1 * * *
Especialistas
afirmam que rede é sólida, mas problemas podem ser encontrados para acessar
alguns serviços que estão com alta demanda ou para realizar tarefas do trabalho
em casa.
Por
Thiago Lavado, G1
11/06/2020 07h00 Atualizado há
uma hora
O uso da internet no Brasil cresceu durante a quarentena: o aumento foi
entre 40% e 50%, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações
(Anatel), e a alta foi ainda maior para servidores internacionais.
Mas com o aumento do consumo também houve aumento de reclamações. As
instabilidades aumentaram e a própria Anatel registrou um número maior de
reclamações de usuários a partir da segunda quinzena de março — quando o
isolamento passou a ser a regra para muita gente. Alta semelhante foi sentida
no portal ReclameAqui, que agrega queixas de usuários na internet.
Em março, a Anatel registrou 67 mil reclamações relativas a banda larga,
com concentração a partir da segunda quinzena. Em abril, o volume passou de 74
mil e em maio o número foi semelhante, com mais de 73 mil queixas. No ano passado,
houve 50 mil reclamações em março, 48 mil em abril e 47 mil em maio.
O site ReclameAqui, que agrega queixas dos usuários, também viu o número
de publicações contendo o termo “internet” crescer: de 12 mil em março para
mais de 14 mil em abril.
Velocidade
de download caiu, e usuários sentiram
Dados do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC) mostram a
influência da pandemia de coronavírus na qualidade da internet no Brasil. Após
o primeiro caso da doença, em março, o Brasil registrou velocidade de download
abaixo da média e o tempo de resposta ficou acima da média — o que significa
que as solicitações aos servidores ficaram mais demoradas.
A situação tem se normalizado, segundo as medições do NIC, mas foi
sentida pelos usuários.
A advogada Clara Coutinho, por exemplo, teve que renovar a conexão de
seu apartamento em São Paulo durante a quarentena.
Precisando trabalhar de casa, o sinal não era bom no quarto que
transformou em escritório. “Eu passava a maior parte do meu tempo fora de casa.
Quando usava a internet aqui era para coisas simples ou streaming na própria
sala”, afirma.
Por causa disso, investiu: contratou um pacote com velocidade maior e
instalou uma rede de distribuição WiFi, para melhorar a qualidade da recepção
no novo escritório. “Com milhares de reuniões de vídeo com clientes, e sempre
minha internet caindo ou cortando, resolvi aumentar a velocidade”.
Durante a pandemia, quarto virou escritório e precisou de adaptação, com um novo ponto de WiFi e pacote com maior velocidade. — Foto: Clara Coutinho
A rede toda pode parar de funcionar?
Especialistas dizem que não existe
risco de colapso da rede no país e que a estrutura é sólida, e a própria Anatel
firmou uma parceria com as operadoras e prestadoras de serviço para manter a
conectividade durante a pandemia.
“As grandes prestadoras de telecomunicações providenciaram expansões de capacidade
em suas redes para absorver a alta de demanda de tráfego. Os pequenos
provedores e suas associações se empenharam em otimizar suas redes para esta
situação”, disse a Anatel em nota.
"Houve uma migração abrupta do tráfego de dados dos escritórios
para as casas das pessoas, o que pode ter provocado problemas pontuais, mas sem
causar instabilidade às redes, que continuam operando normalmente",
afirmou em nota o Sinditelebrasil, que representa as operadoras de telefonia e
provedores de internet no país.
Para especialistas ouvidos pelo G1, podem existir
vários culpados pelas reclamações dos usuários:
·Rede com pouca
banda ou equipamentos ruins;
·Serviços com
aumento da demanda e muitas pessoas utilizando;
·Diferença de
expectativa sobre a capacidade da rede doméstica com aumento do uso.
Serviço às
vezes não é ideal
Dados da última pesquisa TIC Domicílios, que afere como e
quantos brasileiros estão conectados à internet, mostraram mais uma queda no
uso de computadores domésticos: 42% dos usuários usaram um computador como meio
de acesso em 2019, uma queda ante o ano anterior. Em comparação, 99% dos
usuários se conectaram pelo celular.
De acordo com Milton Kaoru Kashiwakura, Diretor de Projetos Especiais e
de Desenvolvimento no NIC, o percentual de casas com desktop é baixo e as
pessoas, na maioria dos casos, passaram os últimos anos acessando a internet
nas residências apenas com celular. Agora, com a necessidade de novas
atividades por causa da pandemia, o impacto de redes domésticas menos potentes
pode estar sendo sentido.
“Algumas empresas estão deslocando equipamento das empresas para as
residências. Para quem estava acostumado a usar apenas dispositivo móvel e
agora está com notebook em casa, está enfrentando uma dificuldade maior”,
explica.
A situação piora em bairros afastados e nas regiões do Brasil mais
distantes dos grandes centros. Nesses lugares, há menor oferta de planos, menor
concorrência entre provedores e às vezes faltam conexões mais parrudas, como
por fibra ótica, o que pode explicar velocidades mais baixas e conexões mais
instáveis.
“Não há
justificativa para a falta de banda quando a última milha está bem resolvida.
Nos grandes centros isso tá bem resolvido, existe competição. Se não atender
bem, o usuário migra de provedor. Mas em grande parte do brasil só tem um
provedor e o usuário fica sem opção”, explica Kashiwakura.
Sites podem
ter sobrecarga
Os serviços on-line, sites e aplicativos, estão hospedados em algum
servidor, que recebe as demandas de acesso dos usuários da internet. Quando um
serviço recebe mais demanda do que tem capacidade de suportar, isso se traduz
em problemas da conexão, como redução de qualidade no caso de vídeos e áudios,
ou mesmo na queda do serviço. Alguns cyber-ataques até utilizam essa lógica
para derrubar sites, por exemplo.
Foi justamente para evitar sobrecargas que os principais provedores de
conteúdo do país, ainda no final de março, reduziram a qualidade do streaming
de vídeo, para evitar sobrecarga nos serviços — já que o
número de pessoas consumindo ao mesmo tempo aumentou.
“Alguns serviços
que estão planejados para ter uma certa capacidade de processamento
computacional podem ficar sobrecarregados”, explica Luiz Fernando Bittencourt,
professor do Instituto de Computação da Unicamp e membro do IEEE, instituto que
promove o avanço tecnológico.
Segundo ele, essa redução feita pelas empresas que fornecem conteúdo em
vídeo aconteceu porque houve um dimensionamento para atender à demanda.
“Evita que a capacidade do servidor seja sobrecarregada por muitos
usuários ao mesmo tempo”, disse Bittencourt.
Depois desse redimensionamento, o relatório do NIC apontou para taxas de
download e de tempo de resposta mais próximas do que é medido normalmente pelo
núcleo. A própria Anatel citou o caso como medida necessária para manter a
qualidade da internet.
"Serviços e plataformas online, antes explorados com menor
frequência, ganharam popularidade e força e, por consequência, tiveram que se
adaptar e ampliar a sua infraestrutura para atender à demanda", disse o
Sinditelebrasil.
A rede de
casa não é a rede do trabalho
A contratação de serviço de internet não é necessariamente a mesma em
casas e empresas.
Em grandes companhias, é comum a existência de uma rede interna e a
contratação de um serviço dedicado, que deve manter velocidade constante e um
padrão no fornecimento do serviço.
Já dentro de casa existem taxas mínimas de consumo, estabelecidas pela
Anatel. As operadoras devem fornecer pelo menos 40% da velocidade. No mês, a
média de velocidade não pode ser menor do que 80% do valor contratado.
Contratação do serviço residencial difere do que é feito em grandes empresas, e isso pode ser sentido pelo usuário — Foto: Mike Gieson/Freeimages.com
Para o designer Hugo Vinícius, que passou a ter problemas durante conferências
e reuniões em vídeo, esse foi um dos fatores que desmotivou a contratação de um
pacote melhor de internet.
Por causa da pandemia, ele foi para o interior de São Paulo e
pensou em aumentar a velocidade da conexão, mas abandonou a ideia.
"Desisti simplesmente porque tenho certeza que isso vai me gerar algum
problema no futuro, com cobrança indevida ou taxas abusivas".
Além da diferença no tipo de serviço contratado, redes
corporativas internas permitem o compartilhamento de conteúdo sem necessidade
de trafegar pela internet. Em casa, essa prerrogativa não existe: todos os
dados passam pela rede pública e competem com outros usuários da residência ou
do mesmo prédio, que também podem estar trabalhando ou estudando naquele
momento.
“Tem uma sensação de aumento de tráfego pelo trabalho em casa.
Diversos serviços que eram presenciais, passaram a ser remotos” afirma José
Eduardo de Freitas, diretor de conectividade, mídia e IP na CenturyLink,
empresa especializada tecnologia de telecomunicações.
De acordo com ele, a empresa viu o tráfego crescer mais de 60% nas
primeiras semanas de home office e muitas empresas começaram a contratar mais
banda e aprimorar suas estruturas de rede, para suportar o aumento no número de
conexões remotas.
“Algumas
empresas não tinham o conceito de home office e tiveram que criar uma estrutura
para isso”, afirma. “Esse prazo de adaptação afeta a percepção do usuário
[sobre a internet]”.
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