terça-feira, 30 de setembro de 2014

Google encerra Orkut nesta terça; rede terá "museu online" de comunidades

* * * Extraído do UOL * * *

Do UOL, em São Paulo

Histórico

Fundado pelo turco Orkut Büyükkökten, que trabalhava no time de engenharia do Google, o projeto da rede social fazia parte de uma iniciativa da gigante das buscas, que disponibilizava 20% do horário do expediente para funcionários trabalharem em um projeto novo.
A rede social fez sucesso, basicamente, em dois países: Brasil e Índia. Isso fez com que o Google em 2008 transferisse a responsabilidade pela plataforma entre os engenheiros do Google nessas duas localidades.
No Brasil, o Orkut foi por bastante tempo a rede mais acessada no país. Com a popularidade, também vieram os problemas. Em função da disseminação de pornografia infantil no site, em 2 de julho de 2008, o Google assinou um TAC (termo de ajustamento de conduta) com o MPF (Ministério Público Federal), comprometendo-se em cooperar com a Justiça para localizar infratores.
A primeira experiência de rede social do brasileiro foi escancarada no Orkut. Não faltavam conteúdos esquisitos postados por usuários. Houve até sites especializados em reunir esse tipo de conteúdo, como o "Pérolas do Orkut".
Outro aspecto da rede social é que ela foi também palco de uma das primeiras webcelebridades brasileiras: Katilce Miranda. Após ser beijada por Bono Vox, do U2, durante um show de 2006, a carioca recebeu em sua área de scraps (recados) mais de 1 milhão de mensagens. A iniciativa ficou conhecida como "Chat da Katilce".

Declínio

Em 2011, ano que marcou o início da queda da rede, o Orkut afirmou que não temia a ameaça do Facebook  -- então com 600 milhões de usuários no mundo (hoje o número de usuários ultrapassa 1 bilhão). Em setembro daquele ano, o Ibope confirmou que a rede social de Mark Zuckerberg havia passado a rede do Google em número de usuários no Brasil.
Além da popularização do Facebook, outra mudança que contribuiu para a queda do Orkut foi a o lançamento do Google+ em julho de 2011. No ano seguinte, a plataforma passaria a conectar os perfis do Orkut à rede, unificando postagens.
Oficialmente, o Google cita que Google+, YouTube e Blogger acabaram "canibalizando" o Orkut, na medida que não valia mais a pena manter a rede social idealizada pelo engenheiro turco.
"Foram dez anos inesquecíveis. Pedimos desculpas para aqueles que ainda utilizam o Orkut regularmente. Esperamos que vocês encontrem outras comunidades online para alimentar novas conversas e construir ainda mais conexões, na próxima década e muito além", escreveu Paulo Golgher, diretor de engenharia do Google, em post sobre o fim do Orkut.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Satélite perdido da NASA faz seu primeiro contato com a Terra em 17 anos


* * * Extraído do Portal UOL * * *

Por: Kelsey Campbell-Dollaghan
30 de maio de 2014 às 9:38


É oficial: o ISEE-3, um satélite lançado há 36 anos que a NASA deixou para morrer há mais de uma década, voltou a fazer contato com a humanidade. Um grupo de voluntários – que arrecadou quase US$ 160.000 para controlar o ISEE-3 – estabeleceu contato bidirecional com o pequeno satélite.

O contato foi feito pelo Observatório de Arecibo em Porto Rico, onde cientistas colaboraram com uma rede mundial de fãs do espaço para financiar e realizar o projeto.

O que acontece daqui para a frente? "Ao longo dos próximos dias e semanas, nossa equipe irá fazer uma avaliação do status geral do satélite, e aperfeiçoar as técnicas necessárias para ativar seus motores e trazê-lo de volta para uma órbita próxima à Terra", explica a equipe Reboot em um comunicado triunfante.
Na semana passada, a NASA autorizou oficialmente a equipe a fazer contato com o ISEE-3, lançado em 1978 para estudar a relação entre Terra e Sol. Ele realizou diversas missões até 1997, quando a NASA parou de contatá-lo.


Uma década depois, a agência descobriu que o ISEE-3 ainda estava funcionando, mas não poderia levá-lo a novas missões, pois a antena na Terra que se comunicava com ele foi removida. A NASA não tem orçamento o suficiente para perseguir esse projeto.

Por isso, a equipe Reboot de cientistas – vindos da SkyCorp, SpaceRef, Space College Foundation e outros – se prontificaram a usar outra antena e a reconstruir o software dos anos 70 usado para se comunicar com o ISEE-3. Eles arrecadaram US$ 159.602 em uma campanha de crowdfunding no RocketHub, e fecharam um acordo com a NASA para controlar o satélite.

Isto pode indicar um futuro diferente para a indústria espacial: em vez de ficar nas mãos de agências governamentais, ela passaria para a iniciativa privada – Elon Musk e seu SpaceX estão aí para mostrar isso – e também para cientistas e engenheiros independentes.

Nos próximos anos, outras espaçonaves da NASA vão ficar obsoletas e talvez sejam abandonadas, enquanto o orçamento da agência não deve crescer muito até lá. Quem assumirá o controle?
Agora vem a parte divertida: fazer o ISEE-3 voltar a analisar o espaço. Sua missão ainda é "estudar a física do vento solar" e também ficar de olho em cometas. [Reboot Project]

Tags: Ciência, Espaço, Nasa, Satélite, UOL