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Do UOL, em São Paulo
12/06/201516h01 > Atualizada 12/06/201516h17
Os professores da rede estadual de São Paulo
decidiram suspender a greve. A decisão foi tomada na tarde desta
sexta-feira (12) em assembleia na avenida Paulista. A paralisação durou 92 dias
e foi a maior greve da categoria no
Estado.
A decisão ocorre em um momento de
enfraquecimento da paralisação -- com o desconto dos dias parados, a adesão à
greve diminuiu, segundo o sindicato. A Apeoesp, principal sindicato da
categoria, contabilizava que 30% dos profissionais estão paralisados. No começo
da semana retrasada, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) afirmava que os faltosos
não passam de 5%.
O motivo, segundo o sindicato, foi o corte de
ponto dos grevistas, que estão desde maio sem receber salário. O sindicato
recorre dos descontos no Supremo Tribunal Federal (STF).
O sindicato da categoria fez uma reunião com
o governo do Estado neste mês. O governo informou que enviará, em até 30 dias,
projeto de lei que estende o atendimento médico de saúde dos servidores
públicos (Iamspe) a esta parcela da categoria.
O governo também sinalizou que vai diminuir o
intervalo contratual dos temporários para três anos - hoje, eles precisam se
afastar das aulas por 40 dias após um ano de trabalho, para não haver vínculo
empregatício. A Secretaria Estadual de Educação já havia mencionado em reunião
anterior que "estudava" a implementação das medidas.
A
greve
Entre as reivindicações, os professores pedem
a valorização da carreira, reajuste salarial que equipare perdas salariais,
aumento do valor do vale-transporte e do vale-alimentação e são contra o
fechamento de salas de aulas, o que ocasionou a demissão de 20.000 professores
e superlotou turmas remanescentes.
A Secretaria de Educação do Estado de São
Paulo afirmou que "avalia que a decisão do sindicato é extemporânea e
ofensiva aos pais e alunos paulistas, uma vez que a categoria recebeu o último
aumento salarial há sete meses, em agosto de 2014, o que consolidou um reajuste
de 45%".
Segundo a Secretaria da Educação do Estado de
São Paulo, em 2011 foi instituída uma política salarial que permitiu aos
professores e demais servidores da rede estadual de ensino um aumento salarial
de 45% em quatro anos.
A Apeoesp argumenta que, passados os quatro
anos, o reajuste está defasado e que por isso o aumento de 75,33% equipararia
as perdas salarias aos vencimentos das demais categorias de nível superior.
Hoje, o salário é de R$ 2.145, para 40 horas semanais.
Tags: Educação, Governo, Greve, Professor, UOL
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