terça-feira, 30 de junho de 2015

Cantareira tem menos chuvas que o previsto pelo 3º mês seguido


Conjunto de represas recebeu apenas 67,8% do esperado para junho.
Cinco dos seis sistemas voltados à Grande SP não atingiram o previsto.

Do G1 São Paulo

O Sistema Cantareira terminou o terceiro mês seguido com menos chuvas do que o esperado, segundo dados divulgados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Apesar de não ter chovido nada no manancial nas últimas 24 horas,  ele se  manteve estável em 19,9% nesta terça (30).
O conjunto de represas, que abastece 5,2 milhões de pessoas na Grande São Paulo, chegou ao fim do mês com 67,86% da precipitação prevista para junho, cuja média histórica é de 58,5 mm. A expectativa de chuva também não foi alcançada em maio e abril. Acompanhe o nível de outros reservatórios.
A chuva do mês de junho também não foi boa para os demais reservatórios que abastecem a Grande São Paulo. Com exceção do Sistema Rio Claro, que recebeu mais que o dobro do previsto, todos os demais ficaram abaixo do esperado.
O Guarapiranga, hoje o principal sistema da Grande São Paulo, com 5,8 milhões de pessoas atendidas, registrou 27,2 mm de precipitação, pouco mais da metade do esperado.
O governador Geraldo Alckmin voltou a descartar, nesta semana, a implantação de um racionamento, mas a crise hídrica ainda não chegou ao fim. O Cantareira terminou a estação chuvosa, encerrada em  maço, com apenas a segunda cota do volume morto recuperada, ou seja, a primeira cota ainda não foi reposta e o manancial segue operando no vermelho.

Entre os demais sistemas, Alto Tietê, Guarapiranga, Rio Grande e Rio Grande também caíram nesta terça. O Alto Cotia ficou estável, e o Rio Claro teve leve alta.
Abastecimento
O Sistema Cantareira, que já foi o principal da Grande São Paulo, atendendo 8,8 milhões de pessoas, teve uma nova redução no número de clientes, passando de 5,4 milhões para 5,2 milhões, informou a Sabesp.
Os 200 mil clientes tirados do Cantareira foram incorporados pelo Sistema Rio Claro, que aumentou seu abastecimento na Grade São Paulo de 1,5 milhão para 1,7 milhão. Isso foi possível após a conclusão, no dia 30 de maio, de uma ligação entre duas adutoras na Vila Ema, Zona Leste.
Com a obra, os bairros da Mooca, São Mateus, Vila Formosa, Vila Alpina e Sapopemba passam a ser atendidos prioritariamente pelo Sistema Rio Claro, que agora responde por 80% da água fornecida. Os demais 20% ficaram com o Cantareira.
Até 2013, antes da crise, a proporção era inversa: o Cantareira fornecia cerca de 80% da água consumida nesses locais, contra 20% do Sistema Rio Claro.
Índices
O índice de 19,9% do Cantareira divulgado pela Sabesb considera o cálculo feito com base na divisão do volume armazenado pelo volume útil de água.

Após ação do Ministério Público, aceita pela Justiça, no entanto, a Sabesp passou a divulgar outros dois índices para o Sistema Cantareira.
O segundo índice leva em consideração a conta do volume armazenado pelo volume total de água do Cantareira. Nesta terça, ele era de 15,4%.
O terceiro índice leva em consideração o volume armazenado menos o volume da reserva técnica pelo volume útil. Nesta terça, o índice era de -9,4%.
  

















Tags: Água, Cantareira, Crise Hídrica, G1, Seca

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