* * * EXTRAÍDO DO PORTAL UOL * * *
Felipe
Abílio
Do UOL,
em São Paulo
16/08/201601h35 > Atualizada 16/08/201610h10
Elke Maravilha morreu na
madrugada desta terça-feira (16) aos 71 anos. A atriz estava internada há quase
um mês na Casa de Saúde Pinheiro Machado, no bairro de Laranjeiras, Rio de
Janeiro, após uma cirurgia para tratar uma úlcera.
Bastante
abalado, o irmão da atriz, Frederico Grunnupp, confirmou a informação aoUOL.
"Ela
teve complicações após a operação e também tinha diabetes. Ela não estava mais
respondendo aos remédios", explicou ele. O laudo médico ainda não foi
liberado, mas segundo Frederico a atriz sofreu falência múltipla dos
órgãos por volta da 1h.
Natasha Grunnupp,
sobrinha de Elke, falou sobre os últimos dias dela no hospital.
"Mesmo
no hospital ela estava sempre muito feliz, sempre aquele ar de felicidade, a
gente estava preocupado com as partes técnicas, vendo a situação, mas ela não.
Ela passou por uma cirurgia no sábado porque um dos pontos da primeira cirurgia
tinha estourado e depois disso piorou".
Conhecida
principalmente por sua irreverência e extravagância, Natasha e a
família querem levar só os bons momentos que passaram ao lado de Elke.
"As
gargalhadas dela...Vai fazer uma falta enorme. Ela era a mãe de todos, de todas
as raças, de todas as culturas, vai fazer falta mesmo. A gente deseja
também que ela consiga seguir o caminho dela, ela falava que ela já estava
preparada e pronta, que seja uma passagem feliz".
No
Facebook oficial da atriz, uma mensagem avisando os fãs também foi publicada
pouco depois da uma da manhã.
"Avisamos
que nossa Elke já não esta por aqui conosco. Como ela mesma dizia, foi brincar
de outra coisa. Que todos os Deuses, que ela tanto amava, estejam com ela nessa
viagem".
A
família ainda não divulgou informações sobre o velório e funeral de Elke, mas
já se sabe que ela será sepultada. "Era uma vontade dela ser sepultada, e
não cremada, mas ainda não temos as definições do local", informou o
produtor Lucas Rodrigues ao UOL.
Nascida na Rússia, a
modelo e atriz Elke Georgievna Grunnupp, mais conhecida como Elke Maravilha,
alcançou fama ao participar como jurada de programas de calouros de Chacrinha e
Silvio Santos.
Ela disse, em entrevista ao UOL na 25ª
edição do Prêmio da Música Brasileira, em 2014, que não sentia falta do
ex-patrão do SBT. "Sinto saudades do Chacrinha, do Silvio
Santos não sinto a menor falta. Gosto de respeito", declarou.
Tornou-se amiga de Zuzu Angel,
antes de ser lançada na TV, após conhecê-la em 1970 no salão do cabeleireiro
Jambert. A história da estilista foi contada nos cinemas em 2006. No longa,
Elke foi interpretada pela atriz Luana Piovani e fez uma participação especial.
Ela, que
se considera anarquista, enfrentou a tortura da ditadura e chegou a ficar presa
por seis dias após se indignar, em 1972, contra um cartaz de procurados
políticos que viu no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Nele, estava a
foto de Stuart Angel, filho de Zuzu. Elke, que tirou o cartaz da parede e
o rasgou, foi acusada de prejudicar as investigações e teve sua cidadania
brasileira cassada pelo governo militar.
Durante os
Anos de Chumbo, ela, que começou a carreira de modelo aos 24 anos (tendo
trabalhado com estilistas como Zuzu Angel), trabalhou como professora,
tradutora, intérprete e bancária.
Irreverência
Desde que surgiu, Elke Maravilha chamou atenção pelo estilo irreverente. Inicialmente, aos 18 anos, recebeu críticas pela ousadia e foi agredida nas ruas pela maneira de se vestir. A irreverência não marcou apenas o estilo da atriz, que não se esquivava de polêmicas nas entrevistas. Ela revelou, para a jornalista Marília Gabriela no programa "De Frente com Gabi" (SBT), em 2013, que já havia usado drogas, mas o que realmente gostava era de cachaça.
Irreverência
Desde que surgiu, Elke Maravilha chamou atenção pelo estilo irreverente. Inicialmente, aos 18 anos, recebeu críticas pela ousadia e foi agredida nas ruas pela maneira de se vestir. A irreverência não marcou apenas o estilo da atriz, que não se esquivava de polêmicas nas entrevistas. Ela revelou, para a jornalista Marília Gabriela no programa "De Frente com Gabi" (SBT), em 2013, que já havia usado drogas, mas o que realmente gostava era de cachaça.
"Experimentei
crack três vezes, mas na minha geração usávamos drogas para autoconhecimento e
hoje é para fuga. Minha única droga é a cachaça", afirmou.
No
programa de Gabi, relembrou seus antigos relacionamentos. "Tive oito
casamentos e o mais curto durou dois meses, porque ele era psicopata. Eu
acordava de madrugada e ele estava no sofá, vestido de Elke, com uma faca na
mão", contou ela, que falou ainda que morou dentro de um carro por um ano
na Alemanha com o primeiro marido. Após completar 40 anos de carreira,
Elke falou sobre a morte: "Já estou fazendo hora extra. Daqui a pouco
vou morrer".
Ela, que
não se tornou mãe, disse em maio, no "Programa Raul Gil", que não
saberia educar uma criança e contou ter feito aborto. "Fiz um aborto pois
não saberia educar uma criança. Nunca pensei, só agi. Eu ia fazer um
monstro", declarou", disse.
A
ex-modelo, que estava fora da TV, fez uma participação na temporada do programa
do Gugu, na Record, neste ano. No palco, reencontrou o irmão Valdemar que não
tinha contato havia quase 20 anos.
Tags: Arte, Luto, Música, TV, UOL
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