quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Advogados da Globo não liberam novela de Aguinaldo Silva

VITOR MORENO
colaboração para a Folha Online

A próxima novela de Aguinaldo Silva, que tem o título provisório de "Marido de Aluguel", ainda não conseguiu ser aprovada pelo departamento jurídico da Globo.

A informação foi postada pelo autor de "Senhora do Destino" e "Cinquentinha" em seu blog nesta semana e confirmada ontem pela Central Globo de Comunicação.

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A novela está sendo analisada pelos advogados da emissora porque eles acreditam que pode haver "problemas em relação à autoria, que precisam ser sanados", segundo o autor.

No blog, Aguinaldo conta que quinze pessoas, que participaram de uma oficina de roteiros ministrada por ele, colaboraram com o projeto.

"Embora todas [as pessoas] tenham assinado documento renunciando aos direitos sobre ele [o roteiro], é preciso que haja certeza -estabelecida juridicamente- de que isso não será contestado", explica.


Zé Paulo Cardeal/TV Globo
Aguinaldo Silva, de "Senhora do Destino" e "Cinquentinha"; última novela do autor ainda não foi liberada pelos advogados da Globo
Aguinaldo Silva, de "Senhora do Destino" e "Cinquentinha"; última novela do autor ainda não foi liberada

Aguinaldo diz que, caso o acerto não ocorra, a novela não deve ir ao ar.

"Sou muito pragmático quando a essa possibilidade. Para mim, sinopse é igual a orgasmo, a gente perde um, mas daqui a cinco minutos tem outro", diz.

Ele diz ainda que, caso a sinopse não se transforme em novela, deixará de dar aulas de roteiro.

"A ideia original foi minha, e eu não posso, pelo menos uma vez por ano, inventar uma história original e depois dá-la como perdida... ainda mais de graça", escreveu.

Detido após briga, Maguila diz que deu soco em segurança para se defender

da Folha Online

O ex-boxeador Adilson Rodrigues, o Maguila, e três seguranças foram levados ao 10º Distrito Policial (Penha) na manhã desta quarta-feira após uma briga na entrada do Parque Ecológico do Tietê, na zona leste de São Paulo. Segundo a Secretaria da Segurança, Maguila disse que os seguranças tentaram agredi-lo e, para se defender, deu um soco em um dos funcionários do parque.

Miguel Schincariol/Folha Imagem
Maguila depõe em delegacia da zona leste de SP após brigar com segurança de parque
Maguila depõe em delegacia da zona leste de SP após brigar com segurança de parque

A polícia foi acionada por volta das 7h, depois que um segurança proibiu que Maguila entrasse com seu carro por um portão de acesso restrito do parque --usado apenas por funcionários. Todos os envolvidos foram liberados após depoimento.

Em depoimento à Polícia Civil, Maguila disse que os seguranças do parque estariam armados com um facão. Já os funcionários afirmaram que foi Maguila quem iniciou as agressões. De acordo com a Secretaria da Segurança, eles disseram que, para evitar a agressão, pegaram um facão, quando foi apreendido pela polícia.

O caso foi registrado como lesão corporal e ameaça. "Devido às diferentes versões, será instaurado um inquérito policial para apurar o caso", informou a secretaria.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Assaltantes aproveitam brecha na lei para usarem armas de brinquedo



O estatuto de desarmamento diz que é proibido fabricar ou vender armas falsas. A exceção é quando elas são encomendadas, com autorização do Exército, para serem usadas em treinamento de agentes.


Uma brecha na lei está dificultando a punição de um tipo de um crime que tem feito muitas vítimas no país: o assalto com arma de brinquedo. A reportagem é de César Galvão.

Durante 45 dias, os policiais se misturaram à multidão no Itaim, um bairro nobre de São Paulo, a procura de ladrões. Foram presas 24 pessoas e apreendidas 12 armas. Seis eram de brinquedo.

O estatuto de desarmamento diz que é proibido fabricar ou vender armas falsas. A exceção é quando elas são encomendadas, com autorização do Exército, para serem usadas em treinamento de agentes de segurança.

"Vários criminosos afirmaram isso: 'Eu porto esse tipo de arma porque eu saio pela porta da frente da delegacia'", conta Marco Antonio de Paula Santos.

Portar arma de brinquedo era crime até a lei mudar em 2003. Para o advogado criminalista Sergei Cobra, a mudança abriu uma brecha para que o portador de armas falsas não seja processado pela Justiça.

"Tenho certeza de que o legislador deu um passo atrás no momento em que tirou da sociedade, tirou do âmbito jurídico, a possibilidade de punir a arma de fogo de brinquedo. Porque ela aterroriza. Ela constitui um dano. É uma necessidade para a sociedade de penalização tão importante quanto uma arma de verdade", avalia Cobra.

Apesar de a comercialização ser proibida no Brasil, as armas falsas são contrabandeadas e podem ser compradas pela internet ou em lojas. As armas de brinquedo são idênticas às verdadeiras. Não atiram, mas enganam as vítimas.

Quatro rapazes foram assaltados. Quando os ladrões foram presos, descobriu-se que a pistola era falsa. O policial também sofreu uma tentativa de assalto e não percebeu que a arma era de brinquedo.

"Era simulacro, mas na hora não dá para saber. Foi muito rápido. Do ângulo que ele puxou, não dá para ver a arma direito", conta o investigador Nicolas Alves Dias.

Por isso, a polícia faz um alerta: nunca reaja a um assalto.

"Todas as pessoas devem partir do princípio, sempre - isso é muito importante que se frise - que a arma é verdadeira. Porque da mesma forma que encontramos várias armas de brinquedo, há armas verdadeiras e uma dessas pode tirar a vida da pessoa que tentar reagir ou se for buscar saber se a arma é verdadeira ou não", alerta o delegado Marco Antônio.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Morre a atriz Mara Manzan aos 57 anos


* * * Fonte: Portal Terra * * *

Morreu nesta sexta-feira (13) a atriz Mara Manzan. Ela tinha 57 anos e estava internada desde o último sábado (7) no Hospital Rio's D'Or, no Rio de Janeiro, por conta de complicações no tratamento de um câncer no pulmão. Segundo o hospital, a atriz morreu às 8h15m.

Mara já havia sido internada no início de outubro no Hospital São Vicente, na Gávea, também no Rio de Janeiro, com pneumonia. A atriz lutava desde 2008 contra um câncer de pulmão que chegou a obrigá-la a se manter afastada das gravações da novela Caminho das Índias no início de 2009.

Nascida em São Paulo no dia 28 de maio de 1952, Mara Virgínia Manzan iniciou sua carreira artística aos 17 anos, ao assistir a uma peça no Teatro Oficina. Apaixonada pelo teatro, tornou-se uma espécie de faz-tudo nos bastidores até ter a oportunidade de substituir uma das atrizes.

Durante a carreira, Mara protagonizou cenas inusitadas. Trabalhou como animadora de Carnaval em Juazeiro do Norte, no Ceará, invadiu uma edição da corrida de São Silvestre para mostrar suas habilidades na pirofagia e chegou a cuspir fogo para a cantora Madonna durante uma das passagens da popstar pelo Brasil.

Apesar de ter começado a carreira ainda adolescente, tornou-se conhecida do grande público ao interpretar a personagem Odete na novela O Clone, na qual fez sucesso com o bordão "Cada mergulho é um flash!".

Mara dava vida à personagem Amara na novela global Duas Caras, em 2008, quando descobriu um nódulo em seu pulmão e foi diagnostica com câncer. Ela fumou durante 40 anos. Em 1998, Mara lutou contra um outro câncer, o de útero. Seu último papel na TV foi como Ashima, uma indiana que vivia no Brasil na novela Caminho das Índias.

No dia 5 de outubro, Mara escreveu em seu blog pela última vez. No post, a atriz escreveu: "Estou novamente num momento muito feliz da minha vida, graças a Deus estou me sentindo cada dia melhor, cheia de vontade de trabalhar, hoje eu li uma frase do querido Neguinho da Beija-Flor que vale pra todos nós: 'Só da gente ter direito à vida é o suficiente pra viver sorrindo'. Hoje eu posso dizer que valorizo muito mais a vida, quero morrer bem velhinha, se possível ver meus netos grandes, quem sabe ser uma biza (sic) bem animada, sempre trabalhando e trazendo alegria no coração pros meus queridos fãs que estiveram todo o tempo do meu lado me dando força, me ajudando sempre a confiar." Trajetória na televisão:

2008 - Caminho das Índias
2007 - Duas Caras
2006 - Cobras & Lagartos
2005 - América
2004 - Senhora do Destino
2004 - Da Cor do Pecado
2003 - Kubanacan
2001 - O Clone
1999 - Terra Nostra
1998 - Você Decide
1999 - Ô Coitado
1998 - Pecado Capital
1998 - Hilda Furacão
1996 - Salsa e Merengue
1994 - A Viagem

Trajetória no Cinema

2003 - Herman
2000 - De Cara Limpa
1997 - Mundo VIP
1982 - Bonecas da Noite

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

África tem a pior infra-estrutura do mundo, diz Banco Mundial

O continente africano tem a pior infraestrutura do mundo, segundo um estudo divulgado nesta quinta-feira pelo Banco Mundial.

Durante o estudo, foram analisadas as infraestruturas em eletricidade, água, estradas e tecnologias de informação e comunicação em 24 países da África subsaariana.

Segundo os resultados, publicados no relatório Africa's Infrastructure: A Time for Transformation ("Infraestrutura na África: Tempo de Transformação"), a falta de infraestrutura reduz a produtividade no continente em até 40%.

"A infraestrutura moderna é a sustentação de uma economia e a falta dela inibe o crescimento econômico", afirmou o vice-presidente para a África do Banco Mundial, Obiageli Ezekwesili.

Acesso
O documento sugere que o acesso inadequado à energia é "o maior impedimento para o crescimento econômico do continente".

Segundo o relatório, a falta de energia crônica afeta 30 países africanos. Além disso, a capacidade geradora de 48 países subsaarianos é de 68 gigawatts - menor do que a da Espanha. Do total gerado, 25% não está disponível por conta de estruturas antigas e manutenção escassa.

Com relação à infraestrutura ligada aos recursos hídricos, o documento também aponta problemas como armazenamento inadequado, grande demanda e falta de cooperação supra-fronteiriça, que ameaçariam o setor hídrico no país.

"Menos de 60% da população da África têm acesso à água potável. (...) Nos últimos 40 anos, somente 4 milhões de hectares de irrigação foram desenvolvidos, comparados com 25 e 32 milhões para a China e Índia, respectivamente", afirma o documento.

Na avaliação do sistema de transporte, o documento afirma que os principais problemas do continente africano seriam a falta de eficácia nas conexões entre os diferentes meios de transporte (ar, terra e ferrovias), a falta de equipamentos nos portos, ferrovias antigas e acesso inadequado às estradas em todas as estações.

Segundo o relatório, melhorar o acesso em áreas rurais é essencial para aumentar a produtividade agrícola em todo o continente.

Por fim, a análise da infraestrutura em tecnologias de informação e comunicação indica que os altos preços de serviços como a telefonia celular é um problema nos países africanos.

De acordo com o documento, apesar do aumento na demanda - o número de usuários aumentou em 170 milhões entre 2000 e 2007 - e dos investimentos do setor privado, os africanos continuam pagando um preço alto pelos serviços.

Segundo o relatório, o preço médio de serviços pré-pagos de telefonia celular custam cerca de U$ 12 por mês na África, comparados com U$2 em países como a Índia e o Paquistão.

Medidas
O relatório do Banco Mundial estima que são necessários US$93 bilhões anuais na próxima década para melhorar a infraestrutura e amenizar os problemas no continente africano - o dobro do que havia sido estimado anteriormente. A nova estimativa representa cerca de 15% do Produto Interno Bruto (PIB) do continente.

Cerca de metade do dinheiro, sugere o documento, deveria ser investido em melhorar a crise do fornecimento de energia elétrica que ameaça o crescimento da África.

O estudo sugere ainda que apesar da necessidade de mais investimentos, os gastos atuais do continente em infraestrutura são maiores do que se imaginava: US$ 45 bilhões por ano. A maioria deste dinheiro é financiada domesticamente, por contribuintes e consumidores.

O Banco Mundial sugere ainda que além dos investimentos, o continente precisa lidar também com o desperdício para fazer melhor uso dos recursos já disponíveis e contribuir para o crescimento dos países africanos.

"Esse relatório mostra que investir mais fundos sem lidar com as ineficiências seria como despejar água em um balde furado. A África pode tampar esses vazamentos com reformas e melhorias nas políticas que serviriam como um sinal para os investidores de que a África está pronta para os negócios", disse Ezekwesili.