quinta-feira, 4 de março de 2010

Ministério pode avisar por e-mail data para tomar vacina contra gripe A

Sistema estará disponível a partir do dia 8 de março. É preciso cadastro.
Campanha de vacinação terá cinco etapas diferentes.

O Ministério da Saúde desenvolveu um sistema que avisará por e-mail a data em que a pessoa poderá tomar vacina contra a gripe A. A campanha é dividida em cinco fases e cada cidadão poderá tomar a vacina em um período diferente. Por isso, será possível se cadastrar no sistema a partir do dia 8 de março para ser avisado da data de vacinação específica para a sua faixa etária. A campanha de vacinação começa no dia 8, mas na primeira fase, apenas profissionais da área de saúde e povos indígenas poderão ser imunizados.

Veja o especial do G1 sobre a gripe A (H1N1)


Segundo a assessoria do Ministério, o cadastramento para ser avisado por e-mail do dia da vacinação poderá ser feito no próprio site da pasta (www.saude.gov.br). Não haverá qualquer custo ao cidadão pelo serviço.

O calendário é o mesmo em todo o Brasil, e os locais de vacinação serão definidos pelas secretarias de saúde de cada estado. Para ser vacinado, é necessário pertencer a algum grupo indicado pelo ministério. É preciso levar ao posto de vacinação o RG e a carteirinha de vacinação. O medicamento é contra-indicado a quem tem alergia a ovo.

CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO CONTRA A GRIPE A (H1N1)

8 a 19 de março

Profissionais da Saúde

Médicos, enfermeiros, recepcionistas, pessoal de limpeza e segurança, motoristas de ambulância, equipes de laboratório e profissionais que atuam na investigação epidemiológica.

8 a 19 de março

Povos indígenas

População que vive em aldeias. A vacinação será realizada em parceria com a Funasa (Fundação Nacional de Saúde).

22 de março a 2 de abril

Gestantes

Mulheres grávidas em qualquer período de gestação. As mulheres que engravidarem depois de 2 de abril podem tomar a vacina até 21 de maio.

22 de março a 2 de abril

Pessoas com problemas crônicos com até 60 anos de idade

Serão vacinadas as pessoas com os seguintes problemas:
• Obesidade grau 3 - antiga obesidade mórbida (crianças; adolescentes e adultos);
• Doenças respiratórias crônicas desde a infância (exemplos: fibrose cística, displasia broncopulmonar);
• Asmáticos (formas graves);
• Doença pulmonar obstrutiva crônica e outras doenças crônicas com insuficiência respiratória;
• Doença neuromuscular com comprometimento da função respiratória (exemplo: distrofia neuromuscular);
• Imunodeprimidos (exemplos: pacientes em tratamento para aids e câncer ou portadores de doenças que debilitam o sistema imunológico);
• Diabetes mellitus;
• Doença hepática (exemplos: atresia biliar, cirrose, hepatite crônica com alteração da função hepática e/ou terapêutica antiviral);
• Doença renal (exemplo: insuficiência renal crônica, principalmente em pacientes com diálise);
• Doença hematológica (hemoglobinopatias);
• Pacientes menores de 18 anos com terapêutica contínua com salicilatos (exemplos: doença reumática auto-imune, doença de Kawasaki);
• Portadores da Síndrome Clínica de Insuficiência Cardíaca;
• Portadores de cardiopatia estrutural com repercussão clínica e/ou hemodinâmica (exemplos: hipertensão arterial pulmonar, valvulopatias, cardiopatia isquêmica com disfunção ventricular).

22 de março a 2 de abril

Crianças entre seis meses e dois anos de idade incompletos (23 meses).

Elas devem receber meia dose da vacina e, depois de 21 dias, poderão tomar a outra meia dose.

5 a 23 de abril

População de 20 a 29 anos

Qualquer pessoa nessa faixa etária.

24 de abril a 7 de maio

Idosos com problemas crônicos (mais de 60 anos de idade).

O período coincide com a vacinação de idosos para a gripe comum. Quando eles forem tomar a vacina, receberão também imunização contra o vírus influenza A (H1N1) caso tenham algum destes problemas:

• Obesidade grau 3 - antiga obesidade mórbida (crianças; adolescentes e adultos);
• Doenças respiratórias crônicas desde a infância (exemplos: fibrose cística, displasia broncopulmonar);
• Asmáticos (formas graves);
• Doença pulmonar obstrutiva crônica e outras doenças crônicas com insuficiência respiratória;
• Doença neuromuscular com comprometimento da função respiratória (exemplo: distrofia neuromuscular);
• Imunodeprimidos (exemplos: pacientes em tratamento para aids e câncer ou portadores de doenças que debilitam o sistema imunológico);
• Diabetes mellitus;
• Doença hepática (exemplos: atresia biliar, cirrose, hepatite crônica com alteração da função hepática e/ou terapêutica antiviral);
• Doença renal (exemplo: insuficiência renal crônica, principalmente em pacientes com diálise);
• Doença hematológica (hemoglobinopatias);
• Pacientes menores de 18 anos com terapêutica contínua com salicilatos (exemplos: doença reumática auto-imune, doença de Kawasaki);
• Portadores da Síndrome Clínica de Insuficiência Cardíaca;
• Portadores de cardiopatia estrutural com repercussão clínica e/ou hemodinâmica (exemplos: hipertensão arterial pulmonar, valvulopatias, cardiopatia isquêmica com disfunção ventricular).

10 a 21 de maio

População de 30 a 39 anos

Qualquer pessoa nessa faixa etária.

A vacinação será gratuita e dividida em cinco etapas, conforme o público-alvo. O Ministério da Saúde tem 83 milhões de doses da vacina e terá que comprar mais 30 milhões para conseguir atender a pessoas de 30 a 39 anos, que foram incluídas dentro da faixa de imunização na semana passada.

Estima-se que pelo menos 91 milhões de pessoas sejam vacinadas contra a nova gripe. Parte do medicamento adquirido pelo governo será mantido como reserva técnica caso seja necessário vacinar outros grupos.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou que além do aviso por e-mail, o governo fechou um convênio com operadores de telefonia celular para que se envie torpedos para os cidadãos informando o calendário de vacinação. Neste caso, no entanto, não há cadastramento prévio.



quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Adultos de 30 a 39 anos serão vacinados contra gripe suína


O grupo de pessoas que poderá tomar gratuitamente a vacina contra a gripe A, conhecida como suína, foi ampliado. Conforme antecipou o iG, o Ministério da Saúde anunciou hoje que a parcela entre 30 e 39 anos também deve receber as doses preventivas do vírus H1N1.


Em janeiro, quando o plano nacional de vacinação contra a gripe foi lançado pelo governo federal, esta faixa-etária não estava contemplada.


As regras iniciais determinavam que a vacinação seria feita em etapas. Primeiro os profissionais de saúde e população indígena seriam imunizados.


Na segunda fase, gestantes, crianças a partir de seis meses e menores de dois anos, além de portadores de doenças crônicas – diabéticos, imunodeprimidos (portadores do vírus HIV, por exemplo), cardiopatas e portadores de doenças respiratórias crônicas. Na terceira, adultos saudáveis entre 20 e 29 anos.


Incluir o grupo de 30 a 39 anos foi uma reivindicação de infectologistas e autoridades de saúde de vários países. O secretário de saúde do Rio Grande do Sul, Osmar Terra, por exemplo, pessoalmente pediu ao ministro José Gomes Temporão que estendesse a vacinação para esta faixa etária. O motivo é que esta parcela foi uma das que mais apareceu entre os mais de 20 mil brasileiros infectados.


Temporão e a equipe de vigilância epidemiológica do Ministério afirmaram que a entrada do novo grupo representa um acréscimo de 30 milhões de doses. No total, o governo federal pretende aplicar 91 milhões de vacinas para fazer a cobertura nacional contra a gripe suína.


Vacina em março


A previsão dos especialistas é que uma nova onda de contágio do vírus H1N1 chegue ao Brasil entre maio e junho. A vacinação gratuita começa no dia 8 de março e se estende até 21 de maio.


Veja as etapas da vacinação


Profissionais de saúde e indígenas: 8 de março a 19 de março


Gestantes, doentes crônicos e crianças de 6 meses a 2 anos: 22 de março a 2 de abril


Jovens de 20 a 29 anos: 5 de abril a 23 de abril


Idosos (mais de 60 anos) com doenças crônicas: 24 de abril a 7 de maio


Pessoas de 30 a 39 anos: 10 de maio a 21 de maio


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Estudante mostrado no quadro 'Novos Olhares' do Fantastico, é assassinado

No episódio sobre felicidade, encontramos, no Recife, uma mãe que era o retrato de uma emoção. O que o coração dessa mãe não podia prever, é que o filho dela não viveria até o fim da faculdade.





Em 2007, o Fantástico apresentou uma serie especial. Chamava-se 'Novos olhares' e discutia temas da vida moderna. No episódio sobre felicidade, encontramos, no Recife, uma mãe que era o retrato dessa emoção.

Era uma mulher simples, catadora de lixo, que mal conseguia descrever o que sentia ao ver o filho aprovado no vestibular para a faculdade de medicina.

O que o coração dessa mãe não podia prever é que o filho dela não terminaria a faculdade. Sexta-feira (05) à noite, Alcides foi assassinado. O rapaz levou dois tiros na cabeça, na frente de casa.

De acordo com vizinhos, que não quiseram gravar entrevista, os dois bandidos queriam matar um outro rapaz da comunidade. Como não encontraram quem procuravam atiraram em Alcides e foram embora. O estudante ainda foi levado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

A despedida de Alcides do Nascimento Lins foi marcada pela emoção. A mãe dele recebeu o consolo do reitor da Universidade Federal de Pernambuco, onde o filho estudava. O velório reuniu amigos, vizinhos e colegas da faculdade. Todos ainda estão chocados com a forma trágica como Alcides foi assassinado.

No momento do enterro, aplausos para o jovem que queria mudar o mundo.

A história de Alcides é a história de alguém que tentava vencer a pobreza. Passou em biomedicina, curso que concluiria este ano. O reitor da UFPE estava comovido. Ele destacou a fibra da mãe pobre, catadora de lixo que conseguiu colocar dois filhos em uma universidade federal. Este ano, a irmã de Alcides foi aprovada para o curso de farmácia.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Cartórios já emitem nova certidão de nascimento

Novo documento tem mais qualidade e é mais moderno que o anterior, além de dificultar fraudes. O novo registro de nascimento sai em menos de 15 minutos e é de graça.

Os cartórios passaram a emitir, agora em janeiro, uma nova certidão de nascimento. E o modelo é único para todo o Brasil.

Ela só tem três dias de nascida, mas já ganhou um número que conta parte importante da história de uma vida ainda tão recente. Na nova certidão de nascimento, no alto da folha, está a matrícula. Com este número é possível identificar o cartório, a cidade, o ano, o livro e até folha do registro.

"Você evita com isso fraudes porque você testar, saber se uma documentação é legítima ou não, você hoje fica na dúvida, mas agora você tem como saber isso imediatamente em segundos pela internet", disse o defensor público do Rio de Janeiro José Raimundo Moreira.

"Minha certidão era feita à mão, naquele papel, não tinha essa qualidade. Esta daqui é melhor, bem diferente", constatou o lavador de carros Glaudestone Gonzaga.

E moderna. Quando a criança for registrada só pela mãe não haverá mais a frase 'pai desconhecido'. O novo registro de nascimento sai em menos de 15 minutos e é de graça.

"Já vim registrar, já passei direto antes da vacina para registrar e ter logo a certidão de nascimento dela", disse a advogada Renata Sabença.

Mas muitos pais não fazem o mesmo. Todos os anos, 250 mil crianças deixam de ser registradas no Brasil. A nova certidão é mais um incentivo para os responsáveis procurarem um cartório.

Uma outra iniciativa que ajudou a reduzir o número de crianças sem registro no país agora vai ser ampliada: a instalação de postos do cartório nas maternidades públicas. Assim o bebê já sai oficialmente cidadão.

Uma maternidade do Rio é uma das pioneiras. Todos os meses nascem 300 crianças. Todas devidamente documentadas.

"Na escola, posto de saúde, necessita muito do registro. A minha filha já está saindo daqui registrada", comemorou a dona de casa Renata Gomes da Silva.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

São Silvestre tem poucas estrelas estrangeiras e premiação modesta


Mariana Lajolo e Paulo Cobos
Da Folhapress
Em São Paulo

Em Londres, o bilionário grupo Virgin pagou cerca de R$ 50 milhões para colocar, a partir de 2010, seu nome na maratona local, batizada antes por 14 anos com a marca de uma margarina. Na São Silvestre, a mais tradicional prova do atletismo brasileiro, os quatro principais patrocinadores nem têm suas marcas estampadas no site oficial do evento.

Esses dois exemplos, mesmo levando em conta a realidade econômica dos dois países, ajudam a explicar por que a corrida paulista tem hoje poucas estrelas, premiação modesta e resultados decepcionantes. O recorde masculino perdura desde 1995, e o feminino, desde 1993.

A mais badalada corrida do país não embarcou na onda do milionário marketing que tomou conta das provas de rua do atletismo nos últimos anos.

Das cinco principais maratonas do mundo (Berlim, Boston, Chicago, Londres e Nova York), quatro são batizadas com o nome de empresas. Boston, a exceção, coloca, no entanto, a marca de um patrocinador no seu logotipo oficial. Todas elas contam com pelo menos o dobro de patrocinadores da São Silvestre e montaram ousados projetos para se tornarem mais conhecidas.

Em Nova York, por exemplo, até o trabalho para conseguir uma vaga para disputar a corrida é um grande chamariz. Os interessados participam de uma espécie de loteria para serem um dos quase 40 mil corredores -na São Silvestre, a inscrição é por ordem de chegada.

A Maratona de Londres tem um famoso projeto para angariar fundos destinados a instituições de caridade que levantou mais de R$ 1 bilhão desde 1981, quando começou.

Com mais dinheiro, as corridas de rua do mundo podem pagar prêmios polpudos, atraindo a elite do esporte.

Em Boston, quem vencer a corrida e ainda quebrar o recorde mundial da maratona pode faturar mais de R$ 350 mil. Na São Silvestre, o vencedor leva R$ 28 mil. Em cinco anos, a premiação total destinada aos atletas aumentou somente 28% na prova paulistana.

Procurada pela reportagem, a organização da São Silvestre preferiu não comentar os investimentos feitos na prova. Thadeus Kassabian, diretor da Yescom, empresa que administra a corrida, disse que não falaria sobre questões financeiras.

Ele afirma que o número de patrocinadores da edição de 2010 da São Silvestre é o mesmo do ano passado e que o interesse das empresas pelas corridas da rua vem aumentando.
A prova do dia 31 tem em 2009 menos patrocínios do que outras corridas brasileiras, como a Maratona de São Paulo.

Hoje, a disputa, que ainda é gerenciada pela Fundação Casper Líbero, é bancada em boa parte pela Rede Globo. A emissora tem uma política de não associar times ou eventos esportivos a patrocinadores. Faz isso, por exemplo, no vôlei. Inscrição paga pelos atletas é boa fonte de faturamento
Com política nada agressiva de marketing, a São Silvestre, cuja edição de 2009 começa às 16h47 de quinta-feira (a elite das mulheres começa a correr 17 minutos antes), tem o valor das inscrições como uma das duas principais fontes de faturamento. Os amadores pagaram uma taxa que variou, de acordo com quando ela foi paga, de R$ 75 a R$ 90. Assim, na pior das hipóteses, a organização, com os 20 mil inscritos, vai arrecadar R$ 1,5 milhão. Na Maratona de Nova York, a inscrição custa, no mínimo, o equivalente a mais de R$ 250.