Movimentação é intensa no posto de atendimento da
SPTrans no centro de São Paulo
* * * Extraído do Potal UOL * * *
Do UOL, em São Paulo
12/01/201711h06 > Atualizada 12/01/201712h27
Usuários do
"Bilhete Único" --que dá acesso ao sistema de transporte público na
capital paulista-- foram surpreendidos com o bloqueio dos cartões nesta
semana. Foram afetados cerca de 90 mil cartões em um universo de quase 15
milhões, segundo a SPTrans --empresa que gerencia o transporte público em
São Paulo--, que informou que há suspeita de fraudes.
As irregularidades não são cometidas
efetivamente pelos usuários. Ela acontece quando os cidadãos recarregam o "Bilhete Único" em postos sem
credenciamento que cobram preços menores que os estabelecidos
pela Secretaria Municipal de Transportes. O órgão alerta a população para não utilizar os serviços
desses postos, que estão cometendo fraudes, "evitando ser vítima de golpe", diz, em nota.
Os bloqueios causaram
uma superlotação no principal posto de atendimento da SPTrans na
rua 15 de Novembro, no centro de São Paulo. Usuários querem que o bloqueio de
seus cartões seja reavaliado.
Em função da alta demanda, a
SPTrans informou que vai ampliar o horário de atendimento no posto:
§ Quinta (12): funciona
até 20h (normalmente, o posto fica aberto das 8h às 17h)
§ A partir de sexta
(13): das 6h às 20h
§ Aos sábados e domingos:
das 8h às 18h
O secretário municipal de Transportes, Sergio
Avelleda –que está no cargo desde 1º de janeiro--, disse que foi
"surpreendido pela quantidade de fraudes sendo praticadas no
sistema". Ele se desculpou pelos transtornos no atendimento e culpou a
gestão anterior, do petista Fernando Haddad, pelos problemas.
"A gente está bloqueando os cartões
porque é a única maneira que a gente tem de descobrir onde está sendo feita
essa carga. As pessoas que estão indo lá [nos postos da SPTrans] vão nos
informar onde são feitas essas cargas", disse à TV Globo nesta
quinta-feira.
Os dados obtidos com os usuários de cartões
bloqueados serão repassados ao Deic (Departamento Estadual de
Investigações Criminais) e à SSP (Secretaria de Segurança Pública), segundo
Avelleda.
Por enquanto, apenas o posto da 15 de
Novembro tem capacidade para avaliar a situação dos cartões bloqueados, segundo
o secretário. Mas ele pretende equipar outros postos da cidade para realizar o
atendimento, o que deve acontecer até a próxima segunda-feira (16).
"No médio prazo, o atendimento aos
usuários passará a ser descentralizado, com novos postos com capacidade para
atender quem foi vítima de golpe. A SPTrans precisa aparelhar os seus postos
remotos para a realização de todos os procedimentos de atendimento aos
usuários", disse o órgão em nota.
Justiça
barra aumento da tarifa
Na terça-feira (10), o
presidente do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), Paulo Dimas, negou o recurso do governo do Estado de São Paulo contra a liminar
que suspendeu o reajuste na tarifa integrada de ônibus com
trilhos (metrô e trem). Com a decisão, o valor da passagem de integração volta
a ser de R$ 5,92 e não mais de R$ 6,80.
Na decisão, Dimas afirma que a decisão de
congelar a tarifa básica em R$ 3,80 --uma promessa de campanha do prefeito João
Doria (PSDB) encampada pelo governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB)--, e,
ao mesmo tempo, reajustar o valor da integração em 14,8%, ou seja, acima da
inflação do período "não foi devidamente justificada" pelo governo.
"Faltou, numa análise inicial,
detalhamento técnico que demonstrasse a existência de situação fática
autorizadora do reajuste (ou redução de descontos em algumas modalidades de
tarifa) nos patamares praticados", afirma o presidente do Tribunal de
Justiça.
Além de elevar o custo da tarifa de
integração, Doria e Alckmin querem valores maiores para os bilhetes temporais.
O aumento chegou a 50% no caso do Bilhete 24 horas, que foi de R$ 10 para R$
15. Já o "Bilhete Único Mensal", bandeira do ex-prefeito Fernando Haddad
(PT), foi de R$ 140 para R$ 190, registrando um aumento de 35,7%.
Protestos estão previstos para a tarde desta
quinta-feira (12), em São Paulo, contra o aumento da tarifa do transporte
público em São Paulo. O MPL (Movimento Passe Livre) quer ir da avenida Paulista
ao Jardim Europa, onde mora o prefeito, para entregar-lhe o "Troféu
Catraca - Aumento Inovador"
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