quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Morte de Swayze volta a pôr Hollywood de luto


EFE.





Fernando Mexía.

Los Angeles (EUA), 15 set (EFE).- O câncer privou o cinema americano do rosto de Patrick Swazye, um dos mais populares do final do século XX, e voltou a pôr Hollywood de luto.

O ator morreu nesta segunda-feira em Los Angeles aos 57 anos, vítima de um tumor no pâncreas e após 20 meses de luta contra a doença. A notícia entristeceu seus colegas de profissão, especialmente os que trabalharam diretamente com ele.

"Não tinha medo e insistia sempre em fazer suas próprias cenas de risco, portanto não me surpreendeu que a guerra que manteve contra o câncer fosse tão valente e digna", comentou à "US Magazine" Jennifer Grey, que protagonizou com Swayze "Dirty Dancing - Ritmo Quente" (1987).

"Quando penso nele, estou em seus braços, dançando, como quando éramos jovens, causando sensação com esse pequeno filme que pensávamos que ninguém veria", disse a atriz, hoje com 49 anos.

O grande amor de Swayze em "Ghost - Do outro lado da vida" (1990), Demi Moore, mostrou seu carinho pelo ator, sobre quem disse que "sua luz sempre brilhará".

"Nas palavras de Sam (Swayze) para Molly (Demi): 'Isso é incrível Molly. O amor que você sente, você leva consigo'", disse a atriz no Twitter.

A atriz Whoopi Goldberg, outra de suas companheiras de cena em "Ghost", assegurou que acredita na mensagem do filme, no qual o amor era mais forte que a morte.

"Ele sempre estará perto", afirmou Whoopi.

Swayze tornou pública sua doença em março de 2008, dois meses após conhecer o diagnóstico, com a promessa de brigar pela vida.

Em entrevista em janeiro passado, o ator reconheceu, no entanto, que tinha poucas probabilidades de passar dos dois anos mais de vida.

Apesar das previsões pessimistas - a taxa de sobrevivência para o câncer de pâncreas ronda 5% -, Swayze continuou em atividade.

O ator protagonizou a série "The Beast", em que encarnou um agente do FBI; teve seu último papel cinematográfico em "Powder Blue", que estreou em maio diretamente em DVD, e participou da trilha sonora de "500 dias com ela", que chegou aos cinemas em julho.

O adeus de Swayze, que a imprensa sensacionalista tentou a antecipar nos últimos meses, foi o último a abalar Hollywood este ano, no qual o câncer tirou a vida também da ex-pantera Farrah Fawcett, da "menina de ouro" Bea Arthur e do produtor de "Arquivo X" Kim Manners.

Um tumor foi também a causa da morte em março do compositor vencedor de um Oscar por "Doutor Jivago" (1965), Maurice Jarre; do ator James Whitmore ("Give'em Hell, Harry!", 1975), candidato a duas estatuetas, e do intérprete Harve Presnell, de "Fargo" (1996).

Fawcett, ícone de beleza na década de 70, morreu em junho vítima de um câncer no reto que tinha se estendido ao fígado e que deixou abatida a atriz e seu companheiro de anos, Ryan O'Neal.

A atriz chegou a gravar um documentário sobre sua luta contra o câncer, uma batalha que resistia a perder.

"Não quero morrer dessa doença. Portanto digo a Deus que realmente é hora para um milagre", afirmou Fawcett.

Em 2008, o câncer matou Paul Newman, da mesma forma que anos antes tinha feito com outras grandes figuras da história do cinema.

Bette Davis, Humphrey Bogart, John Wayne, Gary Cooper e Robert Mitchum foram vítimas de diferentes tipos de câncer.

Em 2009, também morreram por diversas causas David Carradine, Natasha Richardson e Ricardo Montalbán, entre outros.

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