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Juliana Passos
Do UOL, em São Paulo
Do UOL, em São Paulo
03/07/201506h00
O câncer de próstata
representa 70% dos diagnósticos de câncer em homens brasileiros, segundo dados
do Instituto Nacional do Câncer (INCA), referentes a 2014. Segundo o INCA, há o
registro de 70 mil novos casos por ano no país para uma doença que tem taxa de
90% de cura se o diagnóstico for inicial. O problema é que o homem brasileiro
tende a descobrir tarde devido à falta de informação e a resistência ao exame
de toque retal. Esse exame é insubstituível e o único capaz de identificar a
doença com precisão. Segundo o Centro de Referência da Saúde do Homem, 60%
dos pacientes do sexo masculino só procuram tratamento quando a doença está em
estágio avançado. O dado é de 2013. De acordo com o órgão da Secretaria de
Estado da Saúde, todos os meses 1,5 mil homens chegam ao hospital com problemas
mais adiantados e que necessitam de intervenção cirúrgica.
O UOL ouviu especialistas para explicar os
principais mitos em relação à doença e algumas curiosidades.
O
tão temido e falado exame de toque retal na próstata dura apenas alguns
segundos. "No máximo 15 segundos", diz o urologista Francisco
Fonseca. A simplicidade do exame contrasta com a baixa procura pela
especialidade médica de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Urologia.
Cerca de 44% dos homens brasileiros já foram ao urologista e apenas 32% fizeram
o exame de próstata.
O
exame de toque não é o único que deve ser realizado. A medição da taxa de PSA,
uma enzima produzida pela próstata que permite a liquidez do sêmen, também é um
indicativo para o surgimento da doença. Um exame não substitui o outro e, em
alguns casos, mesmo com a taxa normal de PSA, o paciente é diagnosticado com
câncer.
O
urologista Fernando Maluf lembra que o aumento da próstata é algo que ocorre
naturalmente ao longo da vida do homem, mas seu rápido crescimento associado a
dificuldades urinárias deve ser observado.
A
realização dos exames de rotina deve começar aos 40 anos para aqueles que têm
registros de casos em parentes de primeiro grau. Apesar de incidência baixa (2
a 3%), o câncer hereditário pode aparecer mais cedo. Para aqueles sem
registros, os exames podem ser feitos a partir dos 50 anos.
Tags: Câncer de Próstata, Impotência sexual, Próstata, PSA, Saúde, UOL, Urologia
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