* * * Extraído do Portal UOL * * *
TALITA BEDINELLI
DE SÃO PAULO
A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e a Adibra (Associação das Empresas de Parques de Diversões do país) lançam amanhã uma série de normas especificamente para os parques de diversões.
Adolescente morre após cair de brinquedo no interior de SP
Só nos últimos dois anos, ao menos seis pessoas morreram e 45 ficaram feridas em acidentes de repercussão em parques brasileiros. A morte mais recente ocorreu no sábado em Hortolândia (109 km de São Paulo).
No mesmo dia, duas pessoas ficaram feridas depois que os cabos do teleférico de um parque no Rio Grande do Sul se soltaram. O local já tinha tido um acidente parecido uma semana antes.
A maioria dos acidentes poderia ter sido evitada caso o país tivesse regras específicas para o funcionamento desses locais.
As novas normas versam sobre a fabricação dos brinquedos, a quantidade de manutenção necessária e os tipos de cerca, de portão e de piso que devem ser usados e orientam os funcionários sobre o trabalho.
BUFÊS INFANTIS
Essas regras, que valerão também para bufês infantis com brinquedos motorizados (como teleféricos), ajudarão os parques a se organizarem de forma mais segura, afirma Francisco Donatiello Neto, presidente da Adibra.
E, principalmente, servirão de referência para as prefeituras, que autorizam o funcionamento dos locais.
Segundo o presidente da Adibra, hoje não existe um padrão único nem uma legislação específica para os parques de diversão.
Para permitir o funcionamento, os órgãos municipais baseiam-se em leis voltadas para eventos em geral e exigem que um engenheiro responsável assegure as boas condições dos brinquedos.
"Há prefeituras que não exigem quase nada para autorizar o funcionamento", diz Donatiello Neto.
Para ele, as normas poderão servir como um ponto de partida para que os municípios criem leis específicas.
CERTIFICAÇÃO
A nova regulamentação não tem força de lei, mas é um primeiro passo para que os parques passem a ser certificados e recebam, por exemplo, selos de qualidade.
Com isso, os pais poderão verificar se o local é confiável antes de deixar seus filhos brincarem.
"Agora, cabe ao pai pressionar os parques a fazerem a certificação", afirma Pedro Buzatto Costa, presidente da ABNT.
As normas brasileiras são inspiradas nas que existem na Europa e nos EUA.
Hoje, a Adibra tem 80 empresas filiadas, que representam 300 parques. Mas a instituição estima que funcione no país pelo menos o dobro disso, muitos deles itinerantes, que são montados de cidade em cidade.
Tags: parque de diversão, ABNT, ADIBRA, bufê
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